Menos teoria, mais prática. “Skilling”, “upskilling” e “reskilling” podem ser solução

  • João Carlos Costa
  • 8 Novembro 2023

Prática e focada em acrescentar valor à atividade dos empregadores, a formação profissional é cada vez mais necessária, valorizada e reconhecida pelo mercado de trabalho.

A par da formação profissional qualificante, a qualificação e a requalificação técnicas têm-se revelado importantes alavancas no desenvolvimento sustentado das empresas e da economia. Bem mais que uma alternativa ao ensino superior, a formação profissional apresenta-se como uma solução, não só para os jovens que ingressam no ensino secundário, mas também aqueles que o terminam, bem como para as próprias empresas, que passam a beneficiar de profissionais qualificados. Prática e focada em acrescentar valor à atividade dos empregadores, a formação profissional é cada vez mais necessária, valorizada e reconhecida pelo mercado de trabalho.

A formação contínua de profissionais no ativo, por outro lado, é hoje outro dos pilares da sustentabilidade empresarial, seja em processos de requalificação ou de reconversão de colaboradores. O investimento em upskilling e reskilling já é uma realidade para empresas que procuram crescer de forma orgânica. À medida que a tecnologia e os negócios evoluem, as competências necessárias para desempenhar determinada tarefa também mudam.

Além de garantir a sustentabilidade das empresas e a própria atratividade dos profissionais, a formação contínua promove uma melhor e mais rápida adaptação às mudanças e às condições do mercado. Paralelamente, além de fomentar a inovação, a formação funciona também como uma estratégia de retenção de talento reduzindo a necessidade de recrutar e formar novos colaboradores, com os custos daí advindos.

A procura de programas de upskilling e reskilling tem levado ao desenvolvimento de múltiplas soluções de formação. São desenhados de acordo com as necessidades das empresas. Podem ser genéricos para garantir a formação inicial, ou desenhados à medida, para adaptação as funções ou atividades específicas. Neste último caso, consideramos ser crucial ter como ponto de partida o recurso à nossa ferramenta de Assessment Técnico, que nos permite mapear as competências atuais dos participantes e com base nesta informação delinear o programa de formação solicitado. Independente da opção escolhida, a formação profissional caracteriza-se pela transmissão de conhecimentos e aptidões práticas necessárias ao desempenho de funções particulares e diretamente aplicáveis à profissão.

Aliadas às competências técnicas, a maioria destes programas de qualificação ou reconversão inclui, ainda, o desenvolvimento de competências transversais que permitem adquirir um conjunto de atitudes fundamentais para potenciar as competências técnicas. Aprender a aprender, resolução de problemas, trabalho em equipa são apenas alguns exemplos que poderão garantir uma carreira profissional de sucesso.

Particularmente importante é também a formação ao nível dos cargos de liderança, principalmente de chefias operacionais, a primeira linha hierárquica de contacto com as equipas, e que enfrentam hoje novos desafios como a diversidade etária, cultural e de género, em paralelo com evolução tecnológica muito rápida.

Menos Teoria, Mais Prática

Os programas técnicos enfatizam a aprendizagem pela aplicação prática do conhecimento, permitindo aos participantes ganharem experiência real nas suas áreas de atuação. Mais curta e mais focada a formação contínua traz vantagens de economia de tempo e de custos. Uma questão que ganha particular relevância em cenários de rápida evolução tecnológica em que é necessário requalificar ou reconverter profissionais de forma regular, ou no caso de jovens adultos que precisem de uma qualificação especializada para rapidamente (re)ingressarem no mercado de trabalho.

Desenvolver Talentos Internos

O desempenho e a especificidade associados a determinadas profissões são fundamentais para o crescimento económico. Graças ao reforço do conhecimento técnico e ao desenvolvimento tecnológico, há cada vez mais espaço para crescer, dentro das empresas. Numa época em que tanto se fala nas empresas de escassez e retenção de talento, a formação poderá ser uma das soluções para melhorar a atratividade.

Quaisquer alterações na empresa e na própria mobilidade interna requerem adaptação. O investimento em programas de reconversão e requalificação via formação permite às empresas apostarem no talento interno, colaboradores experientes, para preencher posições especializadas ou de liderança, proporcionando oportunidades para o crescimento e a progressão na carreira dentro da organização. Um investimento seguro, dentro dos próprios quadros, e uma estratégia inteligente assente na motivação, na aprendizagem e na valorização contínua, um espelho do seu compromisso para com a organização.

  • João Carlos Costa
  • Diretor da ATEC

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