O dia em que Portugal nasceu para uma outra vidapremium
É preciso encontrar abordagens políticas fortes, alternativas e inovadoras sem ceder a tentação do populismo e dos extremismos, radicalismos, negacionismos, dos regressos perigosos a lugares menores.
O 25 de Abril é o dia em que Portugal nasceu para uma outra vida. Chega-me sempre com uma presença incontornável, um caldeirão de memórias distantes, mas nítidas e de um orgulho imenso e renovado, todos os 25 de Abril. Depois desse dia, tudo mudou. Lembro-me de uma mudança grande na pacata vida de uma pacata família, os pais a passarem a sair muitas noites, e muitos dias, os amigos lá por casa, sempre em conversas ininteligíveis, intensamente envolvidos na política, à volta da qual se passou a fazer a vida, e a fazer de todos nós, os miúdos, políticos em ponto pequeno. Recordo-me de uma mala feita sempre feita debaixo da cama dos meus pais, ‘para se fosse preciso’, de todos os outros 25 de Abril que se seguiram, do 25 de Abril de 1975, mais um aniversário sem velas, na cama com um
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