O impacto da transição energética nos departamentos de RH

  • Carla Ripa
  • 30 Agosto 2023

Compreende-se que a transição energética não exige apenas a contratação de profissionais com novas habilidades e conhecimentos, mas também provoca uma mudança na própria cultura organizacional.

À medida que a transição energética avança, aumenta também o interesse das empresas em reduzir o seu impacto ambiental. São definidos objetivos sustentáveis ao nível estratégico e, para garantir a sua correta implementação e desenvolvimento, passam a ser também necessários profissionais e perfis especializados em sustentabilidade. De facto, estima-se que este boom da transição energética levará a um aumento exponencial do número de empregos relacionados com sustentabilidade – o que representa uma oportunidade, mas também um desafio, dado que muitos destes perfis ainda não existem no momento atual.

Neste contexto em evolução, à medida que a sustentabilidade se torna uma prioridade empresarial cada vez mais relevante, os departamentos de Recursos Humanos (RH) debatem-se com a complexa tarefa de conceber estratégias para atrair, contratar e reter perfis de sustentabilidade muito específicos. O aparecimento de novos perfis profissionais e também de novos empregos implica um grande trabalho de adaptação e agilidade das empresas e dos gestores de RH, que têm de garantir que estão sempre a par das tendências do setor, bem como das exigências e motivações destes novos perfis.

Atrair e reter profissionais de sustentabilidade num mundo em mudança

Os perfis profissionais focados na sustentabilidade têm como funções, por exemplo, implementar práticas ambientalmente sustentáveis, promover a responsabilidade social corporativa ou a participação da empresa em projetos com impacto ambiental positivo. É essencial que as empresas adotem uma postura proativa para dar resposta às necessidades destes profissionais, oferecendo à partida um ambiente de trabalho que apoie e incentive a sustentabilidade. Ao cultivar uma estratégia sólida de construção de marca, focada nas pessoas e nos talentos, maximiza-se também a relação laboral com os colaboradores focados na sustentabilidade. Em última análise, um colaborador satisfeito e empenhado na sustentabilidade é um ativo valioso para a empresa.

Compreende-se, assim, que a transição energética não exige apenas a contratação de profissionais com novas habilidades e conhecimentos, mas também provoca uma mudança na própria cultura organizacional. Para enfrentar este desafio, os departamentos de RH têm, então, de promover um ambiente que valorize a sustentabilidade, incentivando os colaboradores a incorporar princípios “ecoconscientes” nas suas atividades diárias.

Os departamentos de RH têm de posicionar-se, cada vez mais, como agentes de mudança, orientando a empresa na direção de um futuro mais sustentável, ao mesmo tempo que proporcionam uma gestão eficaz da força de trabalho, para que se adapte às mudanças no mercado e todos construam, em conjunto, uma cultura organizacional na qual a responsabilidade ambiental está firmemente enraizada.

  • Carla Ripa
  • Engagement & Community Manager da Factorial

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