Custo do trabalho aumenta 3,5% no segundo trimestre. Aumentos na Função Pública continuam abaixo do setor privado

Número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador subiu em todas as atividades económicas, "tendo o maior acréscimo sido observado na construção", de acordo com os dados do INE.

O custo do trabalho aumentou 3,5% no segundo trimestre face a igual período do ano passado — embora menos do que no trimestre anterior, em que registou uma subida de 6,7%. É o resultado sobretudo das subidas dos custos não salariais por hora efetivamente trabalhada (4,6%) e nos custos médios por trabalhador (7,2%), revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados esta sexta-feira.

No segundo trimestre, os custos salariais (por hora efetivamente trabalhada) aumentaram 3,3% (vs 6,4% no trimestre anterior) e os outros custos do trabalho (também por hora efetivamente trabalhada) subiram 4,6% (vs 7,8% no trimestre anterior), refere ainda a publicação do INE.

O aumento do custo do trabalho reflete igualmente a subida de 7,2% do custo médio por trabalhador — no trimestre anterior a subida tinha sido de 8,4% — e o acréscimo de 3,6% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador (+1,5% no trimestre anterior), aponta o INE.

“O custo médio por trabalhador registou um acréscimo menor do que o observado no trimestre anterior em todas as atividades económicas, tendo o maior sido observado na Construção (8,8%) e o menor na Administração Pública (6,5%)”, pode ler-se no boletim.

“Os aumentos verificados na Administração Pública têm sido inferiores aos observados para as restantes atividades desde o primeiro trimestre de 2021″, aponta, por outro lado, o INE.

Já o número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador “aumentou em todas as atividades económicas, tendo o maior acréscimo sido observado na construção (5,8%) e o menor na Administração Pública (0,9%)”.

“Os custos não salariais registaram variações superiores às dos custos salariais em todas as atividades económicas“, finaliza o INE.

Para esta subida dos custos não salariais, o INE aponta dois motivos. Primeiro, pelo regime extraordinário de diferimento do pagamento de contribuições à Segurança Social — em que pagamento das contribuições referentes aos meses de março, abril, maio e junho de 2022 poderia ser feito de modo faseado –“; e segundo pela normalização do pagamento das contribuições patronais das empresas que, durante a pandemia da Covid-19 — por terem aderido ao layoff simplificado, ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva ou ao Novo Incentivo à Normalização da Atividade Empresarial — ficaram isentas ou parcialmente dispensadas do pagamento das contribuições patronais.

(Última atualização às 12h02)

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