O “S” como prioridade estratégica das empresas: o que importa são as PeSsoas

  • Inês Oom de Sousa
  • 13 Julho 2023

O “S” do ESG tem de estar no centro da estratégia das empresas porque o ativo mais importante de qualquer empresa são as suas pessoas.

O “S” do ESG tem de estar no centro da estratégia das empresas, porque cada vez mais é essencial gerar valor para os nossos stakeholders. Temos de cuidar das nossas pessoas, apoiar as comunidades onde estamos, ser parceiro dos nossos clientes e entregar valor aos nossos acionistas. Só assim podemos crescer de maneira sustentável e ser um Banco cada vez mais responsável.

No Santander Portugal, temos compromissos claros com os três pilares do ESG, ou seja, a Ambiente, o Social e a Governança, a forma como as instituições são dirigidas ou administradas.

Tal como as outras siglas, o “S” de Social é, para nós, muito importante e está completamente integrado na nossa estratégia e no modo como “governamos” a nossa instituição. Damos enorme importância ao “S”, seja para dentro, na ligação com os colaboradores, os nossos principais agentes de mudança, seja para fora, no impacto na comunidade. Isso ficou evidente, uma vez mais, no evento que realizámos no final de maio, com os nossos parceiros GRACE e Women in ESG Portugal.

No painel intitulado “A melhor versão ´S’ das empresas”, tive a oportunidade de debater com os líderes de várias empresas de referência sobre a forma como devem ser criadas as estratégias de cada uma, as ações que estão neste momento em curso, bem como os obstáculos existentes e os apoios disponíveis que podem contribuir para aumentar o impacto positivo nas empresas e na sociedade.

Porque queremos crescer de forma inclusiva e sustentável, no Santander, estabelecemos três grandes objetivos para o ’S’ de Social, com compromissos públicos para cada um deles. Esses objetivos foram definidos com base num estudo realizado junto dos nossos stakeholders: clientes, colaboradores, fornecedores e investidores, entre outros. Através de um questionário aplicado em todo o Grupo, pudemos compreender as expectativas em relação ao Banco Santander, o que resultou na definição destas três prioridades.

A primeira é especialmente dedicada aos colaboradores, promovendo o seu bem-estar e apoiando a diversidade e a inclusão no local de trabalho. Estabelecemos métricas muito claras em áreas como a presença de mulheres no Conselho de Administração, em cargos diretivos, a igualdade salarial ou a integração de pessoas com deficiência.

Outro pilar muito importante é o forte apoio que damos à inclusão e à saúde financeira, promovendo a literacia financeira de todos, para que ninguém fique para trás.

Um terceiro pilar, onde temos muito caminho feito nos últimos anos, é o impacto na comunidade. Neste âmbito, tanto em Portugal como no Grupo, através do Santander Universidades, concentramos os nossos esforços na educação, na empregabilidade e no empreendedorismo, sendo este um projeto estratégico de elevada importância.

Acreditamos na educação como uma ferramenta para promover a mobilidade socioeconómica. Ninguém pode estar condenado à pobreza ou à exclusão. Estudos recentes demonstram que a falta de mobilidade socioeconómica – em que se inclui a falta de mobilidade na Educação – é um dos grandes motivos do atraso do País. Sabendo o nosso papel, enquanto agente de mudança, e para sermos efetivamente transformadores, criámos a Fundação Santander Portugal, alargando assim a nossa atuação a todas as gerações.

Uma Educação de qualidade, desde cedo e ao longo da vida, é fundamental para gerar uma mudança sistémica e valor a longo prazo. Com mais e melhor Educação, teremos melhores empregos, melhores salários e uma vida melhor. Estamos a investir no futuro de Portugal, através de iniciativas e programas que respondem cirurgicamente a cada um dos problemas, apoiando a educação de todas as gerações e promovendo a mobilidade social e económica para uma sociedade mais desenvolvida, justa, inclusiva e sustentável.

Neste trabalho, não estamos sozinhos. Estabelecemos contactos e parcerias com empresas, universidades, associações e organizações. Só assim, com parcerias sólidas e colaborativas, é que conseguimos ser verdadeiramente transformadores.

O “S” do ESG tem de estar no centro da estratégia das empresas porque o ativo mais importante de qualquer empresa são as suas pessoas. Sem elas, as empresas não existem e nunca poderão ser bem-sucedidas. Felizmente, esse caminho está a ser percorrido e o “S” no Santander assume cada vez maior centralidade. Sem o “S”, nada funciona.

  • Inês Oom de Sousa
  • Head of ESG Europe Santander | Presidente da Fundação Santander Portugal

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