Abelhas, vinha e gado. Os painéis solares estão mais ‘verdes’

Os painéis solares são um novo elemento na paisagem que, entretanto, começou a tentar integrar-se, rodeando-se de espécies que vão desde abelhas até às ovelhas e cavalos, passando pela viticultura.

A capacidade solar instalada em Portugal no ano passado bateu recordes. Superou em 47% a fasquia de 2023 e, apesar de alguns projetos implicarem custos elevados para a biodiversidade — como o abate de árvores, apesar de associadas compensações —, tem-se vindo a desenvolver o conceito de agrovoltaico. Ovelhas a pastorear nos campos, instalação de colmeias ou a viticultura são algumas estratégias para promover uma melhor integração dos painéis solares com a natureza.

Atualmente, a maioria dos projetos centralizados de grande escala implementam medidas específicas para coexistir com a biodiversidade e as atividades locais, para trazerem impactos positivos à região onde se inserem”, afirma Susana Serôdio, coordenadora de Políticas e Inteligência de Mercado da APREN.

É em Alcoutim, no Algarve, que a Galp instalou o seu único parque solar de grande escala no país, com uma potência de 144 megawatts-pico (MWp). Além de produzir energia, decidiu criar um plano com o objetivo de, no final do projeto, o lugar onde jazem os painéis se encontrar em melhores condições, no que toca à biodiversidade, do que no momento da implementação do projeto, explica a empresa.

Mas como? Em redor do parque, foram instalados abrigos para pássaros e morcegos, para que estes se possam reproduzir e repousar, o que “atrai diferentes espécies para a área”, indica a empresa. A par destes abrigos, foram instalados “hotéis para insetos”, que servem de refúgio a insetos polinizadores. Além disso, a Galp aponta “várias iniciativas” para melhorar a qualidade do solo e evitar a erosão, assim como promover a recuperação dos habitats naturais. Faz, por exemplo, plantação e sementeira de plantas aromáticas e prados. E, no final, monitoriza, através de análises ao solo ou da captura de dados acústicos.

Numa vinha da Tapada da Ajuda, a mesma empresa tem vindo a desenvolver, em parceria com o Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa (ISA), um teste-piloto. Aqui, cobre-se a vinha com os painéis solares, reduzindo a radiação que chega às plantas, o que contribui para a qualidade da uva e do vinho.

Em paralelo, também a EDP está a testar, em parceria com a Universidade de Évora, as soluções agrícolas que melhor casam com a produção de energia solar. “A conclusão e divulgação deste estudo está prevista para este ano, sendo o Alentejo o território pré-selecionado para testar um primeiro piloto”, afirma a elétrica.

A Finerge tem em Portugal 12 centrais fotovoltaicas, distribuídas por sete concelhos, com uma capacidade instalada de 66,5 MWn. Nestes parques, encontram-se a pastar ovelhas, cavalos, burros, póneis e vacas. “Todos os projetos com pastorícia são desenvolvidos com proprietários de terrenos arrendados ou com as comunidades locais, a quem a Finerge cede as instalações para a prática de pastorícia, sem contrapartidas financeiras”, explica a energética.

Por seu lado, a Iberdrola conta com seis projetos fotovoltaicos em operação no país, e as iniciativas de biodiversidade acontecem em todos eles, garante Sara Hoya White, responsável de Meio Ambiente da Iberdrola em Portugal. Nas Centrais Fotovoltaicas de Conde e Algeruz pastoreiam mais de 250 ovelhas, mas não estão sozinhas. Nos mesmos parques foram colocados apiários, com 15 colmeias cada um, para a produção de mel e manutenção dos polinizadores, as abelhas, naquela área. Em 2024 deu-se a primeira colheita, que rendeu cerca de 300 quilogramas de mel.

Desafios do agrovoltaico

No futuro, a intenção é de expansão. A Finerge, além de estar a aplicar soluções em todas as centrais solares em operação, cria desde logo um plano de biodiversidade também para as centrais em fase de projeto. A Galp, que também está a aplicar os mesmos princípios em duas regiões espanholas, compromete-se: “A nossa ambição é expandir esta abordagem a outras regiões onde operamos.”

Olhando aos desafios, a Galp realça a inevitabilidade de os resultados não serem imediatos. Por seu lado, a Finerge indica que, por vezes, é difícil encontrar pessoas locais com interesse ou disponibilidade para atividades de pastorícia, apicultura ou agricultura nos solos das centrais solares.

Susana Serôdio aponta a incerteza existente quanto à produtividade das colheitas, pois depende muito das necessidades de cada espécie e da forma como os painéis fotovoltaicos se posicionam. “É necessário escolher culturas que prosperem em condições de luz reduzida ou difusa”, explica, combinações que precisam ainda de ser estudadas.

A responsável da APREN realça que não existe uma definição legal para o agrovoltaico em Portugal, pelo que a prática não é reconhecida formalmente e, neste sentido, estes projetos não podem ser desenvolvidos em Reserva Agrícola Nacional, “mesmo que possam trazer valor acrescentado à atividade agrícola”. “Estes projetos poderão ser impulsionados por enquadramento legal específico que promova sinergias entre as duas atividades económicas, fomentando os benefícios que a sua coexistência pode trazer.”

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Fotogaleria: A noite dos IRGAwards 2025 em 40 imagens

A Deloitte voltou a premiar quem mais contribuiu para as boas práticas no desenvolvimento do mercado empresarial e de capitais em Portugal. Veja os melhores momentos da edição 2025 dos IRGAwards.

“Embracing evolution, inspiring change”. Este foi o mote da 37ª edição dos Investor Relations and Governance Awards (IRGAwards), naquele que, segundo a organização, foi um convite ao debate sobre as potencialidades da evolução humana e sobre as oportunidades de transformação e inovação no desenvolvimento económico, segurança e sustentabilidade globais.

A iniciativa promovida pela Deloitte voltou a distinguir as boas práticas de governance e os principais desempenhos no mercado português, através do impacto gerado nas suas organizações, num evento realizado no pavilhão Carlos Lopes, em Lisboa.

Veja na fotogaleria abaixo alguns dos melhores momentos dos IRGAwards 2025, que tem o ECO como parceiro.

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“Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro”, aponta Carlos César

Eleições a 27 e 28 de junho e José Luís Carneiro com caminho aberto para a liderança do partido. Terminou a comissão política do PS, marcada no rescaldo da derrota eleitoral do último domingo.

“As pessoas com quem falei manifestaram-me que não tinham interesse em candidatar-se. Tudo indica que o secretário-geral será José Luís Carneiro, ou pelo menos que o candidato a si mais forte, mais consolidado, mais conhecido, será o José Luís Carneiro“, afirmou Carlos César à saída da comissão política do partido, que decorreu este sábado em Lisboa.

O presidente do PS propôs à Comissão Nacional que as eleições para secretário-geral socialista sejam em 27 e 28 de junho e o congresso depois das autárquicas, calendário que foi aprovado com 201 votos a favor, cinco contra. A apresentação de candidaturas será até ao dia 12 de junho.

Recorde-se que o PS regressou este sábado ao hotel Altis, em Lisboa, quartel-general da noite eleitoral de há quase uma semana que ditou o seu terceiro pior resultado em eleições legislativas e, ainda com os resultados provisórios porque não estão contados os votos da emigração, resultou na perda de 20 deputados e um quase empate com o Chega.

Logo na noite eleitoral de domingo, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, assumiu as responsabilidades pelo resultado e pediu a sua demissão, cargo que deixará após a reunião de hoje, ficando o presidente do partido, Carlos César, a assumir as funções interinamente.

O presidente do partido, numa proposta também subscrita por Pedro Nuno Santos, propõe a este órgão máximo entre congressos a realização de eleições imediatas para o cargo de secretário-geral socialista, entre o fim de junho e início de julho, adiantava à Lusa fonte oficial na quinta-feira.

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“O Partido Socialista tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”, garante José Luís Carneiro

"Compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada", garante o candidato a secretário-geral à saída da comissão política.

“Nós compreendemos bem a mensagem que nos foi endereçada e o Partido Socialista, naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”. A garantia é deixada por José Luís Carneiro, ao que tudo indica o próximo secretário-geral do PS.

À saída da comissão política do PS, que decorreu este sábado em Lisboa, o socialista quis deixar três mensagens e remeteu as questões dos jornalistas para uma futura ocasião. Uma exceção, relacionada com o facto de poder ser candidato único, para responder que até 12 junho, “todas e todos aqueles que se queiram habilitar às funções de direção devem apresentar as suas candidaturas, pois naturalmente esse é, digamos, um espaço democrático”.

Quanto às mensagens, a primeira foi a “vontade e disponibilidade para saber ouvir e dar voz“, não apenas aos seus “camaradas, mas também ao conjunto dos portugueses.

De seguida, José Luís Carneiro afirmou-se disponível para “garantir a construção de uma solução de unidade“. “Na diversidade, naturalmente, há diferentes sensibilidades, formas de pensar diversas sobre o mundo, sobre as opções de política. Aquilo que eu garanti aos meus camaradas foi que só quem não quiser não estará nos órgãos de direção ou nas estruturas de responsabilidade do Partido Socialista”, aponta.

A terceira, dirigida à comissão nacional “mas sobretudo aos portugueses” é então que o partido compreendeu a mensagem que foi endereçada e “naquilo que de si depender, tudo fará para contribuir para a estabilidade política do país”. “Foi isso que os cidadãos nos pediram durante o percurso da campanha eleitoral e é esse o compromisso que procuramos garantir“, resume.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, sublinhava já na segunda-feira o antigo ministro da Administração Interna e membro da comissão política nacional do PS em entrevista à CNN.

José Luís Carneiro explicava ainda que decidiu disponibilizar-se uma segunda vez para a liderança do PS “para servir o país, mantendo o diálogo com os camaradas”.

Tenho um dever constituído quando fui candidato pela primeira vez, há um ano atrás, e hoje essa responsabilidade é acrescida pela crise política que estamos a viver”, sublinhou.

O socialista defendia que a eleição do novo líder socialista deve ocorrer o mais rapidamente possível, porque “o vazio na vida política é algo que prejudica a eficácia da resposta aos cidadãos”. Para além disso, argumentou, “é necessário escolher, nas próximas semanas, a liderança do grupo parlamentar e dar orientações políticas sobre a viabilização do programa do Governo”.

A meio da semana, as federações e concelhias já se uniam em torno de José Luís Carneiro, que conta com o apoio de Augusto Santos Silva, João Soares e Eurico Brilhante Dias. É um repetente. Há um ano perdeu as diretas para Pedro Nuno Santos. Não é visto como carismático, mas alguém que dará “tranquilidade” ao partido depois do massacre eleitoral de domingo, capaz de enfrentar um deserto de eventualmente quatro anos de legislatura, papel que António José Seguro desempenhou durante a governação do social-democrata Pedro Passos Coelho, entre 2011 e 2015.

“O PS deve ser aquilo que sempre foi, um fator de estabilidade e de confiança no futuro. Temos de ter a capacidade de, em sede parlamentar, sermos capazes de assentar compromissos, PS e AD. E o PS deve ser claro na garantia de viabilização do Governo, porque é isso que os cidadãos nos pedem”, defendeu José Luís Carneiro, em entrevista à CNN Portugal. Mas rejeitou por completo uma solução de bloco central, porque “seria prejudicial aos dois partidos subsumirem-se”.

Pode ser que depois surja um novo ‘António Costa’. É a esperança do partido. Mas, agora, a grande preocupação é vencer as autárquicas e é nisso que todo o partido está focado e unido, relegando para segundo plano qualquer disputa interna.

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ECO Quiz. Chega, têxtil português e TAP

  • Tiago Lopes
  • 24 Maio 2025

Agora que termina mais uma semana, chegou a altura de testar o seu conhecimento. Está a par de tudo o que se passou?

As eleições legislativas de 18 de maio de 2025 em Portugal provocaram uma reconfiguração significativa no panorama político nacional. A coligação de centro-direita Aliança Democrática (PSD/CDS) venceu com 32,72% dos votos, mas sem alcançar a maioria absoluta, ficando com 89 deputados.

Já o Chega, liderado por André Ventura, obteve 22,6% dos votos e 58 deputados, igualando o número de assentos do Partido Socialista (PS). Este resultado posiciona o Chega como uma força relevante na oposição, desafiando o tradicional bipartidarismo em Portugal.

A indústria têxtil portuguesa está a pressionar a União Europeia para impor uma taxa por encomenda realizada em plataformas de comércio eletrónico chinesas, como a Temu e a Shein. Esta proposta surge em resposta ao elevado volume de artigos de baixo custo provenientes destas plataformas, que têm vindo a inundar o mercado europeu.

O ECO publica todas as semanas um quiz, que desafia a sua atenção. Tem a certeza que está a par de tudo o que se passou durante a semana? Teste o seu conhecimento.

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Aprovadas eleições para secretário-geral do PS em 27 e 28 de junho

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

A data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

As eleições diretas para escolher o novo secretário-geral do PS vão decorrer em 27 e 28 de junho, como previa o calendário proposto pelo presidente do partido que foi aprovado na Comissão Nacional com 201 votos a favor e cinco contra.

Os resultados da votação do calendário e do regulamento eleitoral para as diretas foram transmitidos à Lusa por fonte oficial do partido, não havendo nestes documentos aprovados informação sobre o congresso.

Segundo o mesmo calendário, a data limite para apresentação de candidaturas é dia 12 de junho, estando até agora na corrida à sucessão de Pedro Nuno Santos apenas o ex-ministro José Luís Carneiro.

Já a proposta alternativa, subscrita por Daniel Adrião, e que pretendia que houvesse primárias e que a escolha do novo líder do PS fosse depois das autárquicas, foi chumbada.

O presidente do PS — que assumiu interinamente as funções deixadas por Pedro Nuno Santos, que se demitiu na noite eleitoral — anunciou à chegada da Comissão Nacional que ia propor que a eleição do secretário-geral do PS decorresse imediatamente no dia 27 e 28 de junho, com a apresentação de candidaturas até ao dia 12 de junho.

“E que, depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista”, disse.

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Uzina e Ikea vencem grande prémio do Clube da Criatividade de Portugal

  • + M
  • 24 Maio 2025

Uzina é a Melhor Agência do Ano e o troféu Melhor Anunciante é da Ikea. Save us from the USA, da Stream and Tough Guy para a Change The Ref, é o Grande Prémio para o Bem. Conheça todos os vencedores.

A Uzina e a Ikea repetiram o feito de 2024 e levam para casa o Grande Prémio do CPP. O trabalho “Ikea HiddenTags”, da Uzina para a Ikea, é o grande vencedor da 27ª edição do Festival do CCP. A campanha recebeu ainda o Grande Prémio Jornalistas. A Uzina subiu também a palco como Melhor Agência do Ano e a Ikea é o Melhor Anunciante do Ano. Destaque ainda para o Grande Prémio para o Bem, entregue “Save us from the USA”, da Stream and Tough Guy para a Change The Ref. Os vencedores foram conhecidos na noite de dia 23, no espaço da antiga Fábrica de Pão, no Beato Innovation District.

Este ano foram inscritos 843 trabalhos a concurso, tendo chegado 388 a shortlist. Foram atribuídos no total 47 ouros, 66 pratas e 105 bronzes. A categoria Publicidade teve 125 trabalhos finalistas e 62 prémios, com 29 Bronzes, 20 Pratas e 13 Ouros. Design contou com 89 finalistas e 35 prémios, com 17 Bronzes, 12 Pratas e 6 Ouros. Na categoria Digital houve 55 finalistas e 46 prémios, com 25 Bronzes, 13 Pratas e 8 Ouros. Experiências de marca teve 42 finalistas e 27 trabalhos premiados, com 14 Bronzes, 6 Pratas e 7 Ouros. Craft em Publicidade contou com 70 finalistas, com 43 trabalhos premiados: 18 Bronzes, 14 Pratas e 11 Ouros. E, por fim, Integração com 7 finalistas e 5 prémios, com 2 Bronzes, 1 Prata e 2 Ouros.

Pela primeira vez, as subcategorias de Criatividade em Meios passaram a vigorar na categoria de Publicidade. A antiga categoria Integração e Inovação passou a chamar-se Integração, sendo que a Inovação passou a vigorar como subcategoria nas categorias de Publicidade, Design, Digital e Experiências de Marca.

Os melhores de cada categoria a concurso:

  • Publicidade
    Melhor Anunciante: Ikea
    Melhor Agência de Meios em Publicidade: Dentsu Media
    Melhor Agência: Dentsu Creative
  • Design
    Melhor Anunciante: Fundação Livraria Lello
    Melhor Agência: Studio Eduardo Aires
  • Digital
    Melhor Anunciante: McDonald’s Portugal
    Melhor Agência: Bürocratik
  • Experiências de marca
    Melhor Anunciante: Ikea
    Melhor Agência: Uzina
  • Craft em Publicidade
    Melhor Anunciante: Turismo de Portugal
    Melhor Produtora de Som: Salva
    Melhor Produtora de Imagem: Casper Films

Pode consultar todos os premiados aqui.

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Carneiro quer ouvir todos no PS e promete oposição “firme e responsável”

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

"O PS será oposição responsável, séria e firme", assegurou, comprometendo-se a não ser parceiro "para nenhuma operação de subversão da Constituição".

O candidato anunciado à liderança do PS, José Luís Carneiro, comprometeu-se a ouvir toda a gente, apelou à união e assegurou que os socialistas serão uma “oposição firme e responsável”, recusando qualquer “operação de subversão” da Constituição.

Estas são algumas das ideias que o ex-ministro defendeu na sua intervenção na Comissão Nacional do PS, em Lisboa, segundo informação a que a agência Lusa teve acesso.

José Luís Carneiro fez um agradecimento a Pedro Nuno Santos, que hoje deixou a liderança do partido, e pediu “humildade democrática” perante os resultados de domingo.

O candidato anunciado promete “saber ouvir todos e contar com todos” e defendeu que só unidos os socialistas terão “muita força”.

“O PS será oposição responsável, séria e firme”, assegurou, comprometendo-se a não ser parceiro “para nenhuma operação de subversão da Constituição”, apesar de não acreditar que esse seja o caminho da AD.

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Mohamed Salah eleito melhor jogador da época da Premier League

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

Salah junta-se ao francês Thierry Henry, ao português Cristiano Ronaldo, ao sérvio Nemanja Vidic e ao belga Kevin De Bruyne como únicos futebolistas a serem distinguidos duas vezes.

O egípcio Mohamed Salah foi eleito melhor jogador da época na Liga inglesa, tornando-se apenas no quinto futebolista a conquistar o prémio mais do que uma vez, após sagrar-se campeão com o Liverpool.

Com esta distinção, o avançado de 32 anos, que já tinha sido eleito melhor jogador do campeonato inglês em 2017/18, vê reconhecida “uma temporada extraordinária”, como descreve o comunicado da Premier League.

Salah junta-se ao francês Thierry Henry, ao português Cristiano Ronaldo, ao sérvio Nemanja Vidic e ao belga Kevin De Bruyne como únicos futebolistas a serem distinguidos duas vezes.

O internacional egípcio foi fundamental na vitoriosa campanha do Liverpool, tendo, até ao momento, 28 golos e 18 assistências – está a apenas duas do recorde partilhado por Henry e De Bruyne.

Os seus 46 envolvimentos em golos representam também um recorde numa temporada de 38 jogos, com Salah a apenas uma ‘contribuição’ do máximo global detido por Alan Shearer e Andy Cole, que somaram 47, mas em 42 partidas.

O egípcio, cuja continuidade no Liverpool chegou a estar em dúvida no final do ano passado, já é o terceiro melhor marcador da história do clube, com 244 golos, e o quinto no campeonato inglês, com 185 — apenas Shearer (260), Harry Kane (213), Wayne Rooney (208) e Cole (187) têm mais.

Durante a época 2024/25, Salah tornou-se também o jogador estrangeiro com mais golos marcados na Premier, destronando o argentino Sergio ‘Kun’ Agüero (184).

O avançado dos ‘reds’ bateu a concorrência dos colegas Virgil van Dijk e Ryan Gravenberch, assim como de Morgan Gibbs-White e Chris Wood (Nottingham Forest), Alexander Isak (Newcastle), Bryan Mbeumo (Brentford) e Declan Rice (Arsenal).

A distinção de Salah, resultante da combinação dos votos do público com a de um painel de especialistas, coloca um ponto final no domínio do Manchester City, que viu um jogador seu conquistar o prémio nas cinco épocas anteriores, nomeadamente o português Rúben Dias em 2020/21.

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Sabe o que são os EEA Grants? Têm 126 milhões para Portugal

“Portugal é um dos países beneficiários desde o início” e “já foram apoiados mais de 800 projetos” no nosso país, diz Maria Mineiro, a coordenadora dos EEA Grants Portugal

Sabe o que são os EEA Grants? E o Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu? Pois bem, são exatamente a mesma coisa e têm 126 milhões de euros para financiar projetos em Portugal até 2028.

O ECO falou com Maria Mineiro, a coordenadora da Unidade Nacional de Gestão dos EEA Grants Portugal para saber um pouco mais sobre estes apoios que “resultam do Acordo sobre o Espaço Económico Europeu, assinado na cidade do Porto em 1992 entre os Estados-membros da União Europeia e três Estados EFTA: a Noruega, a Islândia e o Liechtenstein, garantindo a participação destes três Estados EFTA no mercado interno da União Europeia”.

Este mecanismo, que está em vigor desde 1994, tem dois objetivos: “a redução das disparidades económicas e sociais entre países beneficiários, no qual Portugal se inclui, e os países doadores, e o reforço das relações bilaterais entre países”.

Maria Mineiro recorda que “Portugal é um dos países beneficiários desde o início” e que “já foram apoiados mais de 800 projetos em Portugal”.

Para o novo quadro de programação que se inicia este ano ainda não há candidaturas abertas, mas saiba quais as áreas elegíveis e como se pode concorrer, conheça casos de sucesso, e como estes apoios podem ser cumulativos com os fundos europeus.

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Pedro Nuno Santos já não é secretário-geral do PS

Numa democracia avançada e qualificada, o atual primeiro-ministro não era primeiro-ministro. Não tem as condições éticas mínimas para liderar um governo", reforçou à saída da reunião do PS.

Pedro Nuno Santos já deixou oficialmente a liderança do Partido Socialista. À saída da reunião deste sábado, na qual vão ser marcadas as datas para as eleições internas, o socialista reiterou a ideia de que o atual primeiro-ministro não tinha condições para manter o cargo. “Era impensável que alguém com o histórico de Luís Montenegro merecesse a confiança do PS“, reforçou, justificando o chumbo da moção de confiança que fez cair o governo.

“Nós temos que ser muito claros e muito transparentes. Há um ainda primeiro-ministro que os portugueses quiseram e vai continuar a ser primeiro-ministro, mas uma coisa é ter ganho eleições, outra coisa é eu passar a achar que o ainda primeiro-ministro merece confiança. A minha confiança não merece. E na minha liderança, também não merecia, não podia merecer a confiança do meu partido”, começou por afirmar sobre o tema.

“Numa democracia avançada e qualificada, o atual primeiro-ministro não era primeiro-ministro. Não tem as condições éticas mínimas para liderar um governo”, reforçou. “Achava isso na altura em que se votou a moção de confiança, acho isso hoje e dificilmente não acharei no futuro”, prosseguiu Pedro Nuno Santos.

Há momentos em que devemos fazer aquilo que é correto. E eu tenho orgulho em ter feito, em cada momento, aquilo que eu achava que era correto“, afirmou à saída da reunião o que aconteceu, cerca de uma hora após o início do encontro no qual os socialistas vão marcar o calendário interno para escolher o seu sucesso.

“Termino aqui um percurso de muitos anos de dedicação ao partido e ao país”, começou por afirmar à saída da comissão política política do partido, adiantando que ainda não tomou decisão sobre o lugar na Assembleia da República.

Sobre os motivos que levaram à derrota do PS no último domingo, o agora ex secretário-geral defende que é preciso fazer uma análise menos imediatista do que dizer que “a responsabilidade é do candidato, é das listas, é do projeto, ou é do discurso, ou é das medidas”. “Não podemos ignorar que há uma quantidade muito grande de portugueses que sentem que a sua vida não ata nem desata, está a marcar passo. E enquanto não conseguirmos que essas pessoas acreditem que as suas vidas podem de facto melhorar, não vamos recuperar a confiança das pessoas”, admitiu.

“São milhões de portugueses que contam os cêntimos para chegar ao final do mês, que depois os filhos se prolongam em casa porque não conseguem uma casa, filhos que se licenciaram e recebem salários que são baixos, pais acamados que não têm onde ficar e famílias que não têm como cuidar deles. As realidades que muitos milhões de famílias enfrentam em Portugal são pesadas, são difíceis, e obviamente que há uma penalização também do partido que mais governou o país”, deu como justificação.

A emigração é outro tema que deve ser algo de reflexão, acrescentou. “O país precisa de trabalhadores estrangeiros para crescer. Se a economia não cresce, temos tensões sociais. Mas, uma entrada tão grande em tão pouco tempo, criou outro tipo de tensões e nós temos que saber lidar com elas e olhar para trás, reconhecer o que correu bem, reconhecer o que correu mal. Só recuperaremos a confiança dos portugueses quando os portugueses sentirem que nós percebemos o que é que correu mal”.

Sobre a sua atuação, de agora em diante, poder vir a condicionar o próximo secretário-geral, Pedro Nuno Santos responde que uma das características do PS é “não triturar nem líderes nem dirigentes”. “Há um nível de solidariedade dentro do PS a não assistimos noutros partidos, nomeadamente no principal adversário do PS”. Garante, no entanto, que vai continuar a dizer o que pensa.

 

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Carlos César propõe eleições no PS em 27 e 28 de junho e congresso pós-autárquicas

  • Lusa
  • 24 Maio 2025

Candidaturas até 12 de junho e eleições a 27 e 28 é a proposta do presidente do partido. O presidente socialista também afirmou que não deve haver dúvidas que o PS viabilizará o Governo da AD.

O presidente do PS, Carlos César, vai propor à Comissão Nacional que as eleições para secretário-geral socialista sejam em 27 e 28 de junho e o congresso depois das autárquicas.

Sendo certo que essa reflexão é necessária, porque reconhecidas as consequências negativas, é importante serem conhecidas as causas, também é importante que a prioridade seja definida no que toca às eleições autárquicas e à reposição dessa normalidade institucional“, disse Carlos César à entrada da Comissão Nacional do PS, em Lisboa.

O presidente do PS – que vai assumir interinamente as funções deixadas por Pedro Nuno Santos, que se demitiu na noite eleitoral – anunciou que vai propor que a eleição do secretário-geral decorra imediatamente no dia 27 e 28 de junho, com a apresentação de candidaturas até ao dia 12 de junho.

“E que, depois das eleições autárquicas e quando a liderança que, entretanto, for eleita entender mais adequado, se realizam as eleições para delegados ao Congresso do Partido Socialista”, disse ainda.

O presidente socialista também afirmou que não deve haver dúvidas que o PS viabilizará o Governo da AD, já que o mesmo aconteceu há um ano e com uma votação inferior da coligação liderada por Luís Montenegro.

“Nós estamos confrontados com uma situação similar à legislatura anterior. Se na legislatura anterior o partido vencedor teve uma votação inferior à que teve nesta, o natural é que o Partido Socialista, tendo viabilizado o anterior Governo, viabilize este”, respondeu.

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