INE confirma que inflação acelerou para 2,3% em maio

Índice de Preços no Consumidor (IPC) aumentou 2,3% no último mês, face aos 2,1% registados no mês anterior, confirmou o INE esta quinta-feira.

A taxa de inflação homóloga aumentou para 2,3% em maio, duas décimas acima dos 2,1% registados em abril, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). A subida do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi suportada pelos aumentos dos produtos energéticos e pelos produtos alimentares não transformados.

O indicador de inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou uma variação de 2,2% (2,1% em abril), acrescenta o INE. “A variação do índice relativo aos produtos energéticos aumentou para 0,1% (-0,1% no mês anterior) e o índice referente aos produtos alimentares não transformados para 4,0% (3,2% em abril)”, refere o instituto.

Por classes de despesa, o INE destaca as subidas homólogas registadas pelas bebidas alcoólicas e tabaco, bens alimentares e bebidas não alcoólicas e dos acessórios para o lar, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação, com variações de 1,5%, 2,5% e 0,2% respetivamente (-0,1%, 1,6% e -0,6%, em abril).

Em sentido oposto, “assinalam-se as diminuições das taxas de variação homóloga das classes dos restaurantes e hotéis, dos transportes e dos bens e serviços diversos, com variações de 6,1%, 1,0% e 1,8% respetivamente e que comparam com taxas de 6,7%, 1,3% e 2% no mês anterior.

“Em maio, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC, destacam-se a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas e dos restaurantes e hotéis“, explica o INE. Em sentido contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do vestuário e calçado.

Em termos mensais, a taxa de inflação fixou-se em 0,3% face a abril, uma variação que compara com os 0,7% no mês anterior e 0,2% em maio de 2024. Já a variação média dos últimos 12 meses foi 2,3% (2,4% no mês anterior).

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação com os restantes países da União Europeia e que se diferencia do IPC devido à inclusão da despesa realizada pelos não residentes, registou uma variação homóloga de 1,7% em maio, abaixo dos 2,1% no mês anterior e 0,2 pontos percentuais abaixo do valor estimado pelo Eurostat para a Zona Euro.

(Notícia atualizada às 11:30)

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Castellana Properties quadruplica lucros para 91 milhões. Centros comerciais em Portugal venderam mais 5,5%

Os shoppings que a sociedade espanhola tem em São João da Madeira, Seixal, Loures, Sintra e Funchal contribuíram para o crescimento no resultado líquido. Taxa de ocupação está nos 98,5%.

A sociedade de investimento imobiliário Castellana Properties, que entrou em Portugal no ano passado, mais que quadruplicou os lucros no ano fiscal de 2025 de 22,4 milhões de euros para 90,8 milhões de euros. Os shoppings que a empresa espanhola tem em São João da Madeira, Seixal, Loures, Sintra e Funchal contribuíram para este crescimento.

A Castellana Properties anunciou esta quinta-feira que as vendas nos centros comerciais portugueses subiram 5,5%, acima de Espanha, enquanto a afluência aumentou 2%. Segundo a cotada, “todos os ativos” em Portugal estão a negociar “em linha ou acima” das expectativas.

A sociedade controlada pelo fundo sul-africano Vukile investiu mais de 325 milhões de euros em Portugal no último ano. No balanço de leasing, contabilizam-se 3,8 milhões de euros, dos quais 2,3 milhões em renovações de contratos e 1,5 milhões de euros em novos contratos.

Em conferência de imprensa de apresentação dos resultados, o CEO da Castellana Properties, Alfonso Brunet, e a CFO, Débora Santamaría, explicaram que a sociedade tem estado a fazer “renegociação estratégica” de contratos de locação “para alinhamento com as condições atuais de mercado”, além de investir na otimização do mix comercial – 33 contratos de arrendamento celebrados desde outubro de 2024 – para impulsionar o fluxo de clientes, aumentar o tempo de permanência nos espaços e impulsionar as vendas.

No ano passado, os centros comerciais que a sociedade Castellana Properties tem na Península Ibérica receberam quase 90 milhões de visitas, sendo que as vendas cresceram 3,7% em termos homólogos e os parques de retalho registaram uma melhoria superior (+6,5%). A contribuir para estes resultados estiveram as principais categorias do portefólio, nomeadamente artigos para casa (+6,1%), saúde e beleza (+5,1%), alimentação e bebidas (+4,8%), lazer e entretenimento (+3,5%) e moda (+2,9%)

Neste exercício fiscal, que compreende os meses de abril de 2024 até março de 2025, o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou 61,8 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 12,1% em relação ao ano anterior.

Os dividendos desta somici (sociedad de inversión en bienes inmuebles) foram de 19 milhões de euros e correspondem a valor recebido através do investimento na Lar España Real Estate, de Madrid. Quanto à dívida bruta do grupo, aumentou de 500 milhões de euros para 639 milhões de euros e divide-se pelos bancos Aareal (48%), CaixaBank (23%), Santander (17%) e outros (12%).

A Castellana Properites entrou em Portugal em setembro de 2024 através da aquisição de três centros comerciais à Harbert European Real Estate no valor de 176,5 milhões de euros: o Loures Shopping, o Rio Sul Shopping e o centro comercial 8ª Avenida. Nos meses que se seguiram, comprou mais dois espaços comerciais, o Alegro Sintra e o Fórum Madeira. Os cinco shoppings estão com uma ocupação de 98,5% e uma taxa de cobrança de renda de 94% – abaixo da média do portefólio ibérico (98,4%).

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Avião Boeing 787 que transportava 242 pessoas despenha-se na Índia com sete portugueses a bordo

  • ECO e Lusa
  • 12 Junho 2025

Um avião Boeing 787-8 Dreamliner despenhou-se esta quinta-feira no aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia. Trazia sete portugueses a bordo. As ações da fabricante estão sob forte pressão na bolsa.

Um avião Boeing 787 com 242 pessoas a bordo, entre as quais sete com nacionalidade portuguesa, despenhou-se esta quinta-feira numa zona residencial periférica ao aeroporto de Ahmedabad, no oeste da Índia, de acordo com os bombeiros locais e a imprensa internacional. O acidente ocorreu durante a descolagem e, segundo o ministro da Saúde da Índia, citado pela Reuters, “muitas pessoas” terão morrido.

A Reuters e a Bloomberg avançam que o avião é um Boeing 787-8 Dreamliner, um dos modelos mais modernos da fabricante norte-americana. À luz destas informações, as ações da Boeing estão em forte queda nas negociações antes da abertura das bolsas norte-americanas, com os títulos a corrigirem mais de 7%, para 198,78 dólares.

Segundo a imprensa internacional, o avião tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres. Um espesso fumo negro elevou-se sobre o aeroporto da cidade, no estado de Gujarat, segundo a agência de notícias AFP, levando à suspensão imediata das operações aeroportuárias na cidade.

Entretanto, a Air India anunciou em Nova Deli que um avião da companhia que fazia o voo AI171, entre Ahmedabad e Londres, estava envolvido num acidente. A AirIndia é detida pelo Grupo Tata.

O incidente, confirmado pela própria companhia e pelas autoridades indianas, ocorreu às 13h38 locais, poucos minutos após a descolagem. A tripulação chegou a emitir um pedido de socorro (“Mayday”) para a torre de controlo, mas o contacto perdeu-se de imediato.

Segundo a Air India, entre os 242 passageiros e tripulação, 169 são de nacionalidade indiana, 53 britânicos, um canadiano e sete portugueses. Havia 11 crianças a bordo.

Numa conferência de imprensa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, disse que os sete portugueses a bordo serão “cidadãos com dupla nacionalidade”. “Já temos a lista de passageiros e os nomes não são de origem portuguesa. Não conseguimos saber se são da mesma família ou não. Provavelmente até residiriam em permanência em Inglaterra”, disse.

O governante português afirmou ainda que “haverá sobreviventes” que estarão a ser “tratados nos hospitais”, aproveitando para dar “condolências a todos os familiares das pessoas que faleceram”.

“Quero expressar votos de pesar e profunda solidariedade para com os familiares das vítimas”, reagiu, por sua vez, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, numa publicação na rede social X.

Entretanto, as equipas de socorro recuperaram 204 corpos do local do acidente: “Recuperámos 204 corpos e 41 pessoas estão atualmente a ser tratadas”, disse o chefe da polícia, GS Malik à agência de notícias France-Presse (AFP). Malik esclareceu que o número inclui os membros da tripulação e os passageiros (242) do avião, bem como as vítimas no local onde se despenhou.

Já temos a lista de passageiros e os nomes [dos sete portugueses] não são de origem portuguesa. Não conseguimos saber se são da mesma família ou não.

Emídio Sousa

Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas

Uma companhia marcada por acidentes fatais

O acidente de Ahmedabad é o mais recente de uma lista de tragédias que têm marcado a história da Air India e da sua subsidiária Air India Express. Os registos apontam para pelo menos sete acidentes fatais significativos desde 1966, que resultaram em mais de 850 mortes confirmadas, colocando a companhia entre as mais afetadas por fatalidades na aviação mundial.

Principais acidentes na história da Air India:

  • 24 de janeiro de 1966: Um Boeing 707, batizado de “Kanchenjunga”, colide com a montanha Monte Branco em França, nos Alpes, provocando 117 mortos.
  • 1 de janeiro de 1978: Um Boeing 747 cai no Mar da Arábia após falha de instrumentos, provocando 213 mortos.
  • 21 de junho de 1982: Acidente no aeroporto de Bombaim em condições meteorológicas adversas, gerando 17 mortos.
  • 23 de junho de 1985: Explosão em pleno voo ao largo da Irlanda de um avião com partida de Toronto com destino a Londres, com continuação até Mumbai. O desastre foi provocado pelo rebentamento de uma bomba a bordo por parte de terroristas, provocando a morte a 329 pessoas. Foi o acidente mais mortal da companhia e o maior atentado aéreo da história do Canadá.
  • 22 de maio de 2010: Um Boeing 737-800 da subsidiária da Air India, a Air India Express 812, ultrapassa a pista em Mangalore e cai numa ravina, provocando a morte 158 pessoas.
  • 7 de agosto de 2020: Um Boeing 737-800 da Air India Express sai da pista durante a aterragem em Kozhikode, provocando 18 mortos.
  • 12 de junho de 2025: Acidente em Ahmedabad, com o número de vítimas ainda por confirmar.

Este histórico evidencia não só a dimensão das perdas humanas, mas também a diversidade das causas, desde erros de navegação, falhas técnicas e condições meteorológicas adversas até ataques terroristas. O acidente de 1985 permanece como um dos episódios mais trágicos da aviação mundial, tendo resultado da explosão de uma bomba a bordo, num contexto de tensões políticas e religiosas.

Após a década de 2010, a Índia implementou reformas significativas na regulação da aviação, com reforço do treino de pilotos, endurecimento das regras de operação e investimentos em infraestruturas aeroportuárias. Ainda assim, o acidente desta quinta-feira em Ahmedabad vem reabrir o debate sobre a eficácia destas medidas e a robustez dos mecanismos de prevenção e resposta a emergências em voos comerciais de longo curso.

A Air India, que já foi símbolo do progresso tecnológico e económico indiano, enfrenta mais uma vez o escrutínio público e o desafio de restaurar a confiança dos passageiros e investidores.

A resposta das autoridades foi imediata. O ministro da Aviação Civil, Ram Mohan Naidu, deslocou-se ao local, e o Governo central prometeu apoio total às equipas de resgate e às famílias das vítimas. O presidente da Air India, Natarajan Chandrasekaran, garantiu a mobilização de equipas de apoio e centros de emergência, numa tentativa de gerir a crise e limitar danos reputacionais.

O setor da aviação comercial indiana enfrenta, assim, um novo teste à sua credibilidade e capacidade de resposta. O historial da Air India, agora agravado por mais uma tragédia, coloca pressão adicional sobre reguladores, operadores e fabricantes para reforçarem os padrões de segurança e a transparência na comunicação de incidentes.

A investigação ao acidente está a cargo do Aircraft Accident Investigation Bureau da Índia, que já destacou equipas técnicas para o local. A prioridade passa agora pela identificação das vítimas, apoio às famílias e apuramento das causas, numa operação que se antevê complexa devido à magnitude do incêndio e à extensão dos destroços.

A Air India, que já foi símbolo do progresso tecnológico e económico indiano, enfrenta mais uma vez o escrutínio público e o desafio de restaurar a confiança dos passageiros e investidores. O desfecho desta crise poderá determinar o ritmo e a profundidade das próximas reformas no setor da aviação indiana.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h38)

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Trump prevê definir tarifas que vai aplicar aos países dentro de “duas semanas”

  • Joana Abrantes Gomes
  • 12 Junho 2025

Presidente norte-americano afirmou que vai enviar cartas aos parceiros comerciais dos EUA a indicar o valor das taxas a aplicar.

Depois de os EUA terem chegado a um acordo preliminar com a China, Donald Trump diz que pretende enviar cartas aos restantes parceiros comerciais dos Estados Unidos nas próximas duas semanas com o valor das tarifas aduaneiras que irá aplicar.

Num evento que decorreu no Centro John F. Kennedy para as Artes Cénicas, em Washington, o Presidente norte-americano afirmou que vão ser enviadas cartas aos países “em cerca de uma semana e meia, duas semanas, dizendo-lhes qual é o acordo”.

“A certa altura, vamos apenas enviar cartas. E penso que vocês compreendem isso, dizendo que o acordo é este, é pegar ou largar“, acrescentou, citado pela Bloomberg.

Porém, dada a frequência com que estabelece prazos para as suas decisões que acabam por ser adiadas ou nem sequer chegam a ser tomadas, não é claro se o líder da Casa Branca vai cumprir esta nova promessa, acrescenta a agência de informação financeira.

Trump tinha dito, já no passado dia 16 de maio, que definiria as taxas aduaneiras para os parceiros comerciais dos EUA “nas próximas duas a três semanas”, depois de em abril ter anunciado que aplicaria tarifas mais altas a vários países, para acabar por pausá-las por 90 dias.

Apesar das negociações em curso, incluindo com a União Europeia, os Estados Unidos só concluíram um acordo comercial com o Reino Unido e, nesta quarta-feira, anunciaram um acordo para restaurar a trégua comercial com a China.

Questionado na quarta-feira se estenderia o prazo para que os países fechassem acordos com a sua Administração antes da entrada em vigor, em 9 de julho, de taxas mais altas, Trump disse que estaria aberto a isso. “Mas não acho que vamos ter essa necessidade”, ressalvou.

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Jack Ma defende reestruturação da Alibaba e aposta na IA após críticas internas

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

O fundador da Alibaba reafirmou a estratégia de transformação do gigante chinês do comércio eletrónico com um investimento de 52 mil milhões de dólares em inteligência artificial (IA).

O fundador da Alibaba, Jack Ma, reafirmou esta quinta-feira a estratégia de transformação do gigante chinês do comércio eletrónico com um investimento de 52 mil milhões de dólares (cerca de 48 mil milhões de euros) em inteligência artificial (IA).

Numa mensagem interna para os funcionários e divulgada pelo jornal de Hong Kong South China Morning Post, Jack Ma respondeu a uma carta de demissão de um funcionário com 15 anos de casa, que apontou “falhas em aquisições, estratégias pouco claras, contratações questionáveis e avaliações de desempenho injustas”.

Aos 60 anos e afastado das funções executivas desde 2019, Ma sublinhou que a empresa está a evoluir para uma estrutura “mais ágil e centrada no cliente”, na sequência da reorganização iniciada em 2023, que dividiu a Alibaba em seis unidades independentes.

Considerado ainda o “líder espiritual” do grupo, o empresário defendeu que a IA constitui um eixo estratégico fundamental e que a Alibaba deve liderar o desenvolvimento tecnológico para “manter a sua relevância no mercado global”.

A intervenção de Ma procura também reforçar a confiança dos cerca de 250 mil trabalhadores da empresa, numa altura em que a Alibaba enfrenta a concorrência crescente da PDD Holdings, operadora da plataforma rival Pinduoduo, que registou um crescimento de receitas de 94% em 2023, contra os 9% da Alibaba.

No trimestre encerrado a 31 de março, a Alibaba anunciou um aumento de 7% nas receitas, para 236,5 mil milhões de yuan (cerca de 28,6 mil milhões de euros), e um lucro líquido de 12,4 mil milhões de yuan (aproximadamente 1,5 mil milhões de euros), o que representa uma subida de 279% face ao período homólogo.

A unidade Cloud Intelligence Group, pilar da estratégia de IA do grupo, registou um crescimento de 18% nas receitas, que atingiram os 30,1 mil milhões de yuan (cerca de 3,6 mil milhões de euros).

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“A vertente comercial de um advogado tem de estar presente”

Na talk "Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado" estiveram presentes como oradores Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado.

Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal realçou que um advogado crossborder tem de ser alguém com “audácia para sair da zona de conforto. Apesar dos países lusófonos serem muito próximos de Portugal, há uma forma de trabalhar diferente, de aplicar o direito. Acho que é importante gostar da novidade e não da monotonia. Há uma tendência de hiper especialização e nós aqui no departamento da África Lusófona fazemos de tudo um pouco. A especialização a mais torna-nos uns autómatos. Tem de saber lidar com os temas jurídicos diferentes. E em países que muitas vezes a legislação não existe ou não está bem feita”.

Na talk “Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado” – a cargo da CMS – estiveram presentes como oradores Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado de África Lusófona da CMS Portugal.

Lourenço Quintão sublinhou o exemplo de Timor-Leste como muito exigente pelo fuso horário (oito horas de diferença) e “esse é um desafio de caráter físico e perseverança mental”. Do ponto de vista técnico, o que acaba por acontecer quando trabalhamos com estes países é que temos de arrecadar conhecimento de sistemas jurídicos que são diferentes entre eles. O advogado falou ainda na angariação de clientes nestes mercados: “no meu caso era mais fácil quando estamos a falar de clientes individuais como acontece na minha área de Fiscal”.

Alberto Galhardo Simões diz que o sistema jurídico mais desafiante e volátil foi o da Guiné-Bissau porque muitas vezes “as próprias autoridades não sabem o que está em vigor e isso é muito frustrante”. São Tomé e Príncipe também não é fácil: “há uns anos até era difícil imprimir os Diários da República”. Mas concluiu dizendo ainda que nos projetos multi jurisdicionais, a “complexidade dos problemas é tão grande que quando se encontra uma solução é satisfatório”.

“A vertente comercial de um advogado tem de estar presente. Todos os anos, a nossa equipa faz um plano de objetivos para o ano seguinte (somos uma equipa de 20 pessoas), que clientes são prioritários, que eventos vamos organizar”, disse, concluindo que a faturação deste departamento desde que chegou à CMS, há cinco anos, é de dois dígitos.

Veja aqui o vídeo na íntegra:

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A Advocatus Summit decorreu nos dias 29 e 30 de maio. Naquela que foi a sua 8ª edição, este ano o evento realizou-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. José Luís Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, fez a abertura. João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses e Eduardo Vera-Cruz Pinto, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foram os responsáveis pelo encerramento.

Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.

O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que conta com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.

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“Não existe proteção do ambiente sem a agricultura”

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  • 12 Junho 2025

Presidente da CAP lembrou importância de “alinhar estratégias”, num encontro de especialistas sobre sustentabilidade. Biocombustíveis, biometano, biofertilizantes e regulação foram temas em destaque.

Ao fim de 50 anos de trabalho na defesa da agricultura, a CAP – Confederação de Agricultores de Portugal não perde o foco no futuro e na inovação. Foi exatamente isso que esteve em debate no seminário “Biosoluções no setor agroflorestal”, organizado pela CAP na Feira Nacional de Agricultura, que decorre em Santarém até 15 de junho. Ali, perante empresários e agricultores, discutiram-se alternativas sustentáveis para a produção de energia, a fertilização dos solos e a proteção das culturas, com a presença de especialistas nacionais e internacionais.

Na sessão de abertura, Álvaro Mendonça e Moura, presidente da CAP, assinalou que “esta é a feira do nosso 50º aniversário” e que “não existe proteção do ambiente sem a agricultura e as florestas”. Da mesma forma, lembrou, “não existe agricultura e florestas sem proteção do ambiente”, e para isso é preciso “alinhar estratégias” no setor.

Energia limpa a partir de resíduos

No primeiro painel “Biosoluções em Energia”, Nuno Soares, responsável de combustíveis renováveis da Repsol Portugal, alertou para a urgência da descarbonização e para a importância da inovação neste caminho. Entre as inovações apresentadas, destaque para um novo combustível, o AgroDiesel HVO 100 Nexa, produzido com base em resíduos agrícolas, florestais, urbanos e animais. “Garantimos que o produto que estamos a oferecer tem uma redução de emissões de 75% a 92%”, afirmou.

Nuno Nascimento, Diretor de Estratégia e Transição Energética da Floene

Quem também quer ajudar a descarbonizar a economia é a Floene Energias, que olha para o biometano como uma alternativa viável ao gás natural, além de uma forma de criar rendimento adicional para os agricultores. “A produção de biometano passa pela decomposição da matéria orgânica, e esses resíduos são essencialmente agrícolas”, explicou Nuno Nascimento, lembrando ainda que “os vossos resíduos podem transformar-se em energia”.

O responsável da Floene assinalou ainda uma das maiores vantagens do biometano: não implica investimento em nova infraestrutura. “Temos uma infraestrutura capaz de receber estes gases [renováveis] e, portanto, descarbonizar o setor”, detalhou. Desta forma, será possível reduzir as emissões de setores importantes, como o da indústria, sem qualquer alteração à rede ou aos equipamentos.

“O biometano pode substituir o gás natural que hoje existe sem nenhuma necessidade de investimento adicional”, concordou Nuno Pinto, da REGA Energy. Apresentou ainda um projeto da empresa em Sousel, que pretende valorizar 250 mil toneladas de efluentes agropecuários, reduzindo até 80% do consumo de gás natural do distrito de Portalegre.

A experiência internacional chegou com Mariana Moreira, da Câmara de Agricultura da Bretanha, que partilhou o modelo de França, onde surgem novas unidades de biometano todas as semanas. “Em janeiro de 2025 tínhamos 272 unidades de biogás em produção na região”, com impacto direto no consumo energético regional e no uso de fertilizantes orgânicos. “O processo de digestão é uma oportunidade para aumentar a competitividade do setor agrário”, afirmou, em referência ao subproduto que resulta deste processo: o digestivo, um fertilizante orgânico que pode ser devolvido ao solo agrícola.

Em Portugal, referem os responsáveis das três empresas de energia, já foi dada importância política ao tema através do Plano de Ação para o Biometano, mas, ainda assim, o país “deve dar corda aos sapatos”, sugeriu Nuno Soares. É necessária a criação de “uma via rápida” para o licenciamento, que não deve ser confundida com “uma simplificação” dos requisitos, assinalou Nuno Pinto.

Biofertilizantes e biopesticidas em testes

O segundo painel centrou-se nas biosoluções para fertilizantes e proteção de culturas, que contou com a participação de Sandra Correia, da InovPlantProtect/InsectERA, Cristina Pedraz, da Corteva, e José Rafael, da The Navigator Company. Os três apresentaram projetos que transformam resíduos em fertilizantes, uns à base de resíduos da produção de insetos e outros com o que eram antes desperdícios da floresta.

“Temos uma solução para controlo natural da mosca do olival. Conseguimos cobrir 18 mil hectares com seis armadilhas apenas”, partilhou Cristina Pedraz, que apresentou alternativas aos pesticidas convencionais.

Já José Rafael falou sobre o projeto Bioma do Solo, que está a testar biofertilizantes na floresta. “Conseguimos uma redução de 20% a 25% na utilização de azoto, o que é bastante aceitável”, considerou. Um dos grandes objetivos é valorizar os resíduos da própria indústria, “poder valorizá-los e disponibilizá-los em boas condições técnicas para que os produtores possam melhorar os solos”.

Regulação sim, mas menos burocrática

O terceiro painel foi dedicado ao quadro regulatório e contou com Pedro Borges, da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR), Ana Bárbara Oliveira, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) e moderação de Ramiro Matos, da José Pedro Aguiar-Branco Advogados. Pedro Borges lembrou que “o biogás e o biometano são considerados valorização orgânica”, são “neutros em carbono” e que a agricultura e pecuária são setores estratégicos no Plano de Ação para o Biometano.

Ana Bárbara Oliveira lembrou a estratégia europeia “Do Prado ao Prato” e a meta de reduzir os químicos na agricultura. “Portugal já tem em território nacional dois terços dos biopesticidas aprovados na Europa”, afirmou. A especialista defendeu ainda o equilíbrio entre o agilizar dos procedimentos e o rigor necessário. “Podemos aligeirar, desburocratizar, mas não podemos perder a necessária avaliação técnica”, sublinhou.

Na sessão de encerramento, Armando Oliveira, administrador da Repsol Portugal, defendeu que “este abraço entre a agricultura e a energia é o caminho” e voltou a lembrar a importância do setor agrícola na descarbonização. “Tudo o que sejam resíduos agrícolas vai servir de matéria-prima para a produção do combustível”, apontou.

Luís Mira, secretário-geral da CAP, fez um balanço otimista, mas exigente “O setor agroflorestal está pronto para responder aos desafios com soluções concretas, escaláveis e nacionais”, garantiu Luís Mira. O secretário-geral da CAP defendeu menos burocracia e mais incentivos. “É preciso remover barreiras regulatórias e criar quadros de incentivos”, assim como “previsibilidade, orientação técnica e políticas públicas” que facilitem a implementação de biosoluções na agricultura. “A CAP estará sempre do lado daqueles que querem avançar”, rematou.

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Cinco dias para ter um sim. Esta é a startup que acelera o crédito às PME

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  • 12 Junho 2025

A Five Credit quer ser a resposta rápida às pequenas e medias empresas através de um modelo de financiamento inovador. O ECO falou com a CEO, Mafalda Duarte, que deixa conselhos aos empresários.

Mafalda Duarte lidera a Five Credit, uma fintech portuguesa que quer revolucionar o acesso ao financiamento para pequenas e médias empresas (PME). Numa altura em que o crédito bancário se torna cada vez mais exigente, a startup aposta num modelo 100% digital, com respostas em cinco dias, para dar às PME uma alternativa simples, transparente e sustentável. Mafalda Duarte detalha os principais obstáculos enfrentados pelas empresas, as soluções disponíveis no mercado e o papel da digitalização e dos critérios ESG no futuro do financiamento empresarial.

Nos últimos anos, temos assistido a uma crescente exigência no acesso ao crédito empresarial. Quais são, na sua perspetiva, os maiores obstáculos que as PME enfrentam hoje quando procuram financiamento?

Tradicionalmente, as PME não possuem uma estrutura de financiamento muito diversificada, estando muito dependentes do tradicional crédito bancário, o que constitui uma primeira dificuldade. Desde a crise que afetou a generalidade da banca, as alterações de regulação vieram introduzir mecanismos nos bancos comerciais que, muitas vezes, se traduzem num processo mais moroso do que aquele que seria desejável para as PME. Por outro lado, muitas PME não têm a informação interna devidamente organizada, o que também dificulta o acesso ao crédito ou um acesso em melhores condições.

As PME representam uma fatia muito relevante da economia portuguesa. O que distingue estas empresas em termos de perfil de risco e necessidades de financiamento?

As PME, ao contrário das grandes empresas, não acedem a fontes alternativas de financiamento como o mercado acionista ou obrigacionista. Esta realidade leva a que, na esmagadora maioria dos casos, assentem a estrutura de financiamento em crédito bancário ou capitais próprios dos empresários. Além da morosidade ao acesso ao financiamento, muitas vezes têm dificuldade em passar pelo crivo do risco, por uma multiplicidade de fatores. As necessidades de financiamento, sobretudo nas mais pequenas, passam muitas vezes por apoios de tesouraria, em pequenos montantes.

De que forma é que a Five Credit se posiciona para responder às necessidades destas empresas? Têm soluções específicas para as PME?

A Five Credit está focada exclusivamente em servir as PME. Dado o seu perfil tecnológico e de aposta na automatização e processamento de informação, consegue conceder empréstimos em apenas cinco dias. A Five Credit, através do primeiro fundo de crédito regulado pela CMVM no mercado nacional, posiciona-se como uma fonte alternativa de financiamento complementar ao crédito bancário. Temos duas soluções especialmente desenhadas para as nossas PME: um financiamento a médio prazo, com valores entre 25 mil e 500 mil euros, com um prazo de pagamento até cinco anos, e um de curto prazo, focado em necessidades de tesouraria e valores até 250 mil euros.

Mafalda Duarte, CEO da Five Credit

Além do crédito, que tipo de acompanhamento ou serviços complementares podem ser decisivos para apoiar o crescimento sustentável das empresas?

Num contexto em que as matérias de ESG [critérios ambientais, sociais e de governação] ganham cada vez mais preponderância, é fundamental que as empresas estruturem as suas atividades de acordo com as melhores práticas. Nesse sentido, a Five Credit criou uma abordagem dedicada à sustentabilidade, com o objetivo de promover e incentivar a melhoria contínua dos rácios de ESG dos nossos clientes durante a vida do financiamento

Estamos numa fase de transição digital e de forte aposta na sustentabilidade. Como é que estas tendências impactam o financiamento empresarial e que oportunidades podem criar para empresas como a Five Credit?

A digitalização das empresas é hoje um pilar incontornável nos processos de crescimento e cria naturalmente um conjunto de oportunidades nas mais diversas vertentes, nomeadamente no acesso ao financiamento de forma simples e rápida.

A integração de tecnologia não simplifica apenas os processos, como também oferece uma análise detalhada de riscos e necessidades específicas das empresas, permitindo uma maior personalização das soluções financeiras. Este modelo digital garante que até mesmo as PME mais pequenas possam ter acesso a recursos essenciais para o seu crescimento e sustentabilidade. Além disso, o compromisso da Five Credit em operar de forma transparente e ágil solidifica sua posição como um aliado confiável no mercado financeiro, especialmente para aquelas empresas que estão a atravessar momentos de transição digital.

Que conselhos daria hoje a uma PME que procura financiamento para crescer, exportar ou inovar, mas que sente que os canais tradicionais estão fechados ou são demasiado burocráticos?

Para além da escolha de um parceiro financeiro ágil como a Five Credit, é essencial que as PME invistam na qualidade e na organização da sua informação financeira com os próprios contabilistas certificados. Dados claros, atualizados e bem estruturados demonstram credibilidade e ajudam não só a simplificar o processo de análise, mas também a melhorar as condições de financiamento disponíveis. A adoção de ferramentas digitais para gestão financeira pode ser um excelente passo para garantir essa precisão e facilitar a comunicação com potenciais financiadores.

O nosso principal conselho é que, se necessitar de crédito, quer seja de curto prazo para fazer face a necessidades de tesouraria, quer seja de longo prazo (até cinco anos), faça uma simulação com a Five Credit. Não tem qualquer custo associado e tem a resposta em apenas cinco dias e de forma totalmente digital.

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Carros mais vendidos na Europa aumentam risco de morte em caso de atropelamento

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

Os SUV são maiores e mais pesados, pondo em causa as metas climáticas para os transportes e aumentando o perigo nas cidades, indica um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E).

Os novos automóveis vendidos na Europa são maiores e mais pesados, pondo em causa as metas climáticas para os transportes e aumentando o perigo nas cidades, indica um estudo da Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E).

O estudo foi divulgado esta quinta-feira num comunicado da associação ambientalista portuguesa Zero, que faz parte da T&E. No documento diz-se que a altura do capô dos automóveis novos vendidos na Europa está a aumentar, em média, meio centímetro por ano, um crescimento associado ao aumento das vendas dos SUV (Sport Utility Vehicles), os veículos utilitários desportivos.

Tal, indicam os autores do documento, compromete a segurança rodoviária em ambiente urbano. Porque sendo maiores e mais pesados aumentam o risco de morte em caso de atropelamento, proporcionam menos visibilidade de peões e condutores, e promovem um falso sentimento de segurança dos condutores.

Numa colisão os SUV e as carrinhas pick-up tendem a atingir os peões adultos com gravidade na zona dos órgãos vitais mas os capôs baixos tendem a atingir os peões nas pernas.

No ano passado, indica a Zero no documento, os consumidores europeus compraram 6,92 milhões de SUV, atingindo uma quota de mercado recorde de 54%.

Os SUV, que pelo tamanho e peso são veículos gastadores, têm sido o segmento de veículos mais vendidos na Europa e o que mais cresce (em 2010 representavam 12% do mercado), tanto que a emissões de dióxido de carbono dos novos automóveis aumentaram em 2024 face a 2023.

A Zero e outras associações ambientalistas europeias apelam à União Europeia e Reino Unido para que estabeleçam um limite máximo de 85 centímetros para a altura do capô nos novos automóveis após 2035.

E pedem que a Comissão Europeia apresente uma proposta legislativa até julho de 2027 que inclua medidas como o Documento Único Automóvel conter a altura do capô, ou que seja tido em conta a visibilidade ou não das crianças a partir dos novos carros.

Testes feitos com determinados SUV no âmbito do estudo revelam que os condutores dos modelos não conseguem ver uma criança de pé com menos de nove anos que esteja mesmo à frente do veículo.

Com base numa análise de 300.000 acidentes na Bélgica, sabe-se que o aumento de dez centímetros na altura do capô (de 80 para 90 cm) representa um aumento de 27% no risco de morte para peões e ciclistas. E colisões de automóveis mais ligeiros com SUV de frente alta aumentam em 20 a 50% o risco de lesões graves nos condutores dos veículos de menores dimensões e peso.

No comunicado a Zero insta o governo e autoridades portuguesas, centrais e locais, a adaptar a fiscalidade e taxas de estacionamento de forma a desincentivar o uso destes veículos.

O aumento do número de SUV com frente alta representa uma ameaça crescente à segurança pública urbana e não tem qualquer benefício para a sociedade, enfatiza a Zero, segundo a qual “limitar a altura do capô é uma medida simples e eficaz para proteger todos os utilizadores da via pública e conter a disseminação de veículos de grandes proporções”.

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Hoje nas notícias: Natixis, Casillas e inquilinos

  • ECO
  • 12 Junho 2025

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O grupo francês BPCE, que estará à frente na corrida à compra do Novobanco, sinalizou ao Governo que pretende criar mais postos de trabalho no centro do Natixis, no Porto. Iker Casillas reclama o pagamento de mais de 3,7 milhões de euros em prestações por incapacidade para o trabalho, na sequência de um enfarte agudo do miocárdio sofrido durante um treino do FC Porto em 2019. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta quinta-feira.

Grupo francês que lidera corrida ao Novobanco acena com mais empregos no centro do Natixis no Porto

Na quarta-feira, a Bloomberg avançou que o BPCE lidera a corrida para a compra do Novobanco, tendo oferecido um valor superior ao que os espanhóis do CaixaBank colocaram em cima da mesa. Mas, além disso, o grupo francês pretende reforçar as suas atuais operações em Portugal, nomeadamente no centro de serviços partilhados que o seu banco de investimento, o Natixis, tem no Porto, com a criação de mais algumas centenas de postos de trabalho — neste momento, a página da Natixis Portugal no LinkedIn indica a existência de 58 vagas de emprego. Embora os dois projetos não estejam diretamente relacionados, o BPCE deu conhecimento desta intenção ao Governo, o que se junta ao facto de o grupo francês ser o único, entre os principais interessados no Novobanco, que não terá redundâncias a nível de pessoal, se o negócio se concretizar.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Casillas pede milhões por incapacidade de trabalho após enfarte

Iker Casillas sofreu um enfarte agudo do miocárdio durante um treino do FC Porto, em maio de 2019. Por considerar que a complicação de saúde ditou o fim da sua carreira, o guarda-redes espanhol reclama o pagamento de mais de 3,7 milhões de euros em prestações por incapacidade para o trabalho, estando a travar uma batalha judicial contra a Fidelidade e o clube desde outubro de 2021. O FC Porto diz que pagou mais de um milhão de euros em salários durante o período de inatividade, não considerando ter mais obrigações para com o antigo capitão, e “passa a bola” à seguradora. A Fidelidade, no entanto, recusa pagar o valor reclamado pelo guardião espanhol, alegando não encontrar causalidade entre esforço físico e o enfarte agudo, tendo então transferido 1,5 milhões de euros, teto máximo anual para acidentes de trabalho.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Inquilinos pedem registo e fiscalização para o mercado de arrendamento

A Associação dos Inquilinos Lisbonenses (AIL) aprovou um conjunto de 30 propostas a apresentar ao Governo e ao Parlamento que agora iniciou funções. Entre elas consta a criação de uma Plataforma Nacional de Registo do Arrendamento, à semelhança do que existe já para o Alojamento Local, como forma de melhor conhecer e controlar o que existe no mercado. Simultaneamente, defende uma Autoridade Fiscalizadora do Arrendamento, à qual sejam atribuídos os meios adequados (financeiros e logísticos) para concretizar a sua missão no terreno. Outra das medidas preconizadas pela AIL é a criação de seguros de renda.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Parceria “inovadora” garante 124 casas com rendas acessíveis

A Câmara do Porto e o grupo Ageas Portugal uniram-se para disponibilizar, dentro de dois anos, 124 casas a rendas acessíveis destinadas à classe média. Segundo a autarquia, será o “primeiro grande projeto build to rent [construir para arrendar] no país”. “Com rendas pelo menos 20% abaixo do preço praticado no designado mercado livre”, os futuros 124 fogos do projeto Jardins do Oriente ficarão integrados num complexo de três edifícios que será construído pela seguradora na Rua Bernardim Ribeiro, em Campanhã, e que terá um total de 151 apartamentos. A proposta vai a votos na reunião de Câmara na próxima segunda-feira.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (ligação indisponível).

Novo, de novo, atrai cada vez mais as grandes marcas

Da Zara e Decathlon ao Ikea, há cada vez mais grandes marcas a apostar no mercado de segunda mão. No caso da cadeia de mobiliário sueca, foi lançado em Portugal, no início de abril, a sua plataforma de compra e venda de artigos usados, descrita como “um novo negócio dentro do negócio”, mas também como resultado da sua “responsabilidade” enquanto marca ao nível da economia circular. A Decathlon segue um modelo diferente: através do “Segunda Vida”, passou a “reparar e a colocar os produtos à venda com preço de oportunidade e de forma permanente”.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (ligação indisponível).

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Festas de Lisboa marcadas por fortes perturbações nos autocarros e metro

  • Lusa
  • 12 Junho 2025

Transportes em Lisboa, naquele que é conhecido como o dia mais longo na cidade devido às festividades do Santo António, vão sofrer perturbações devido à greve da Carris e ao plenário noturno do Metro.

Os transportes em Lisboa, naquele que é conhecido como o dia mais longo na cidade devido às festividades do Santo António, vão sofrer esta quinta-feira perturbações devido à greve de 24 horas da Carris e ao plenário noturno do Metro.

Depois de uma primeira semana com paralisações parciais, os trabalhadores da Carris voltam aos protestos com uma greve durante 24 horas — todo o período de trabalho –, reivindicando a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, já a concretizar-se em 2025.

Por seu turno, os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa mantêm agendado o plenário geral, entre as 21h15 e as 2h30 de sexta-feira, mesmo depois de as organizações sindicais terem sido chamadas na terça-feira, feriado de 10 de junho, para uma reunião com o Conselho de Administração da empresa.

Assim, o Metropolitano de Lisboa vai suspender a circulação e encerrar todas as estações a partir das 20h00 de quinta-feira devido à realização de um plenário de trabalhadores, revelou a empresa em comunicado, considerando a iniciativa dos sindicatos “inédita e inusitada”.

A empresa concluiu “não estarem reunidas as condições operacionais mínimas e as necessárias condições de segurança para a manutenção da rede em funcionamento”, tendo em conta o expectável “aumento exponencial da procura” e “as comunicações de ausência já apresentadas pelos trabalhadores”.

Apelou também, no comunicado, às organizações sindicais e aos trabalhadores para que reagendem a realização do plenário, tendo em conta “os impactos desproporcionados causados e não havendo urgência ou tema que implique a realização do plenário nesta ocasião”.

O presidente da Câmara de Lisboa considerou “inaceitável” ter sido avisado do plenário dos trabalhadores do Metropolitano “24 horas antes” e decidiu que a Carris seja gratuita a partir das 18h00, aguardando resposta de ajuda da Carris Metropolitana.

“Em primeiro lugar, parece-me inconcebível que o presidente da Câmara seja avisado, na noite anterior, às oito da noite, que há um plenário, portanto não é uma greve, há um plenário que vai parar toda a circulação do metro”, disse Carlos Moedas em declarações à Lusa.

O autarca frisou que saber 24 horas antes da realização do plenário não possibilita “haver serviços mínimos”, já que não é uma greve e vai prejudicar os lisboetas “na noite mais importante da cidade”, véspera de Santo António.

Carlos Moedas referiu que teve de “pensar rapidamente em alternativas” e, além da Carris, contactou a Carris Metropolitana, que opera na Área Metropolitana de Lisboa, para que “possam ajudar”.

Parece-me inconcebível que o presidente da Câmara seja avisado, na noite anterior, às oito da noite, que há um plenário, portanto não é uma greve, há um plenário que vai parar toda a circulação do metro.

Carlos Moedas

Presidente da Câmara de Lisboa

De acordo com a Fectrans — Federação dos Sindicatos de Transportes e Telecomunicações, na reunião com o Metropolitano, a empresa reformulou a sua proposta sobre o subsídio de refeição que será apresentada em plenário.

“Após um conjunto de tentativas [da parte da empresa] de justificação das razões de não terem resolvido em tempo útil os problemas que o Metropolitano vai sucessivamente criando aos seus trabalhadores (…) as organizações sindicais replicaram que a única forma deste plenário poder vir a ser suspenso seria a resolução imediata de todos os assuntos pendentes”, lê-se numa nota sindical.

Já os sindicatos representativos dos trabalhadores da Carris (que opera o serviço público rodoviário da cidade de Lisboa e também elétricos e ascensores de rua) convocaram uma paralisação de duas horas no início e no fim de cada turno entre 2 e 6 de junho e de 24 horas para esta quinta-feira, tendo sido decretados serviços mínimos por um tribunal arbitral.

Além de serem obrigatórios serviços como o transporte exclusivo de deficientes ou os postos médicos da empresa, têm de funcionar “em 50% do seu regime normal” as carreiras 703, 708, 717, 726, 735, 736, 738, 751, 755, 758, 760 e 767.

Em 13 de maio, o Sindicato Nacional de Motoristas e Outros Trabalhadores (SNMOT) explicou que o acordo sobre as atualizações salariais não implicaria o encerramento do processo negocial e que, juntamente com a empresa, iria constituir “grupos de trabalho com vista, nomeadamente, à redução do horário de trabalho de forma faseada para as 35 horas semanais”.

Segundo o sindicato, já se tinha conseguido reduzir a prestação de trabalho efetivo para cerca de 37 horas e 30 minutos semanais, “facto que só foi assumido por todos os envolvidos nesse processo algum tempo depois”, tendo-se realizado em 30 de abril a primeira reunião do grupo de trabalho criado para a redução da prestação de trabalho efetivo para as 35 horas semanais.

A Carris está sob gestão da Câmara Municipal de Lisboa desde 2017 e os trabalhadores são representados por várias estruturas sindicais, como o SNMOT, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos (STRUP), o Sitra – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes, o Sitese – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços e o ASPTC – Associação Sindical dos Trabalhadores da Carris e Participadas.

(Notícia atualizada às 13h33 com informação de que o serviço da Carris será gratuito)

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Critical Software usa IA para tornar o sistema de mísseis europeu mais “eficaz e inteligente”

A tecnológica portuguesa faz parte do consórcio europeu de Defesa que está a desenvolver o projeto BEAST, financiado em 35 milhões pelo Fundo Europeu de Defesa.

A Critical Software está a usar a inteligência artificial (IA) para desenvolver uma plataforma que vai ajudar o sistema de mísseis europeu a ser mais “mais inteligente e eficaz”. A tecnológica portuguesa faz parte do consórcio europeu a desenvolver o projeto BEAST, financiado em 35 milhões pelo Fundo Europeu de Defesa, no valor de 910 milhões de euros.

“A Critical Software, com a sua equipa em Portugal, vai ajudar a tornar o sistema de mísseis BEAST mais inteligente e eficaz, usando inteligência artificial, sem pôr em risco a sua segurança nem o seu funcionamento”, adianta João Pedro Mortágua, senior business development manager da Critical Software, ao ECO.

Com um financiamento de 35 milhões do FED, o BEAST (Boosting European Advanced Missile System Technology) é um projeto de investigação e desenvolvimento que tem como objetivo “criar conceitos modulares e adaptáveis para futuros mísseis de curto alcance”, explica o responsável da Critical Software.

“Visa entender os requisitos das operações aéreas futuras, avaliar opções tecnológicas avançadas e desenvolver mísseis capazes de enfrentar ameaças emergentes, como aeronaves de 5.ª e 6.ª geração, ‘enxames’ de drones, mísseis de cruzeiro e guerra eletrónica“, detalha.

A entrada da empresa no projeto — onde está a desenvolver uma plataforma para automatizar a implementação de modelos de IA no software principal do sistema de mísseis, apoiando o “desenvolvimento de tecnologias de defesa mais reativas, adaptáveis e eficientes” — surgiu através da ligação da tecnológica à alemã Diehl Defence, líder do consórcio, e do qual fazem “parte empresas e centros de investigação de 12 países europeus, tais como a SAAB (Suécia), a SENER Aeroespacial (Espanha), a GKN Fokker Aerospace (Países Baixos), a Hensoldt (Alemanha) ou a Northrop Grumman (Itália), por exemplo”, elenca.

João Pedro Mortágua, senior business development manager da Critical Software.

O projeto BEAST deverá estar terminado em 2028. No final do projeto, serão apresentados vários resultados relevantes para os países participantes e para a indústria de defesa europeia, incluindo, por exemplo, uma visão comum sobre o futuro sistema de mísseis e algumas propostas de novos conceitos de mísseis”, adianta João Pedro Mortágua. “Estes resultados ajudarão a preparar os próximos passos para termos uma capacidade europeia militar mais moderna e eficaz“, reforça.

Este não é o primeiro projeto da tecnológica nacional na área de Defesa. “A Critical Software trabalha em projetos de defesa desde a sua origem, desenvolvendo soluções de software para missões críticas — nas quais há vidas humanas em risco —, sempre com o intuito de ajudar a construir um mundo melhor e mais seguro. Os primeiros clientes da Critical Software na área da defesa foram a Marinha Portuguesa ou a Westland Helicopters”, explica.

“O mundo atual impele-nos a sermos mais interventivos e ativos na construção de soluções de paz, que garantam segurança e em que os valores democráticos sejam salvaguardados. Enfrentamos, hoje, desafios e ameaças que estão a pôr em risco a paz que demos por adquirida até há bem pouco tempo. Desenvolver aplicações e sistemas de defesa é, neste momento, uma obrigação para a Critical Software, em prol de uma Europa mais coesa e segura”, diz ainda o responsável.

Oportunidade para a indústria nacional

A guerra na Ucrânia tem colocado o tema da Defesa nas prioridades da União Europeia que tem vindo a urgir os Estados-membros a reforçar o seu orçamento nesse campo. Em maio, a Comissão Europeia aprovou um fundo de 150 mil milhões de euros (o SAFE) para conceder empréstimos aos 27 Estados-membros interessados na compra conjunta de equipamentos militares.

E através do fundo europeu, está a disponibilizar um montante de 7,9 mil milhões para, entre janeiro de 2021 e dezembro de 2027, ser aplicado na área de investigação (2,6 mil milhões) e projetos concretos (5,3 mil milhões).

O foco europeu em reforçar a autonomia estratégica e criar capacidades dentro das fronteiras da UE trará espaço para que as empresas portuguesas integrem mais cadeias de valor, colaborem em novos programas multinacionais e liderem nichos de inovação. Parece-me que o desafio, agora, será alinhar prioridades, acelerar parcerias e garantir que o ecossistema nacional está preparado para responder com agilidade e qualidade a este novo momento da história europeia.

Uma oportunidade para o setor tecnológico nacional? “No caso da Critical Software, achamos que a expansão ativa e célere de sistemas avançados de defesa — onde possamos utilizar a nossa experiência e o nosso conhecimento em software de missão crítica — será uma oportunidade. Portugal tem, certamente, outras empresas tecnológicas que têm demonstrado abertura para investir mais no setor da defesa”, diz João Pedro Mortágua.

“Julgo que o foco europeu em reforçar a autonomia estratégica e criar capacidades dentro das fronteiras da UE trará espaço para que as empresas portuguesas integrem mais cadeias de valor, colaborem em novos programas multinacionais e liderem nichos de inovação. Parece-me que o desafio, agora, será alinhar prioridades, acelerar parcerias e garantir que o ecossistema nacional está preparado para responder com agilidade e qualidade a este novo momento da história europeia”, diz.

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