Fisco não vigiou 10 mil milhões de transferências para offshores
As transferências comunicadas pelos bancos entre 2011 e 2014 não terão sido controladas pelo fisco. Em causa estão 10 mil milhões de euros. Inspecção das Finanças investiga o assunto.
O fisco terá deixado sair 10 mil milhões para offshores sem vigiar transferências, avança na edição esta terça-feira o jornal Público (acesso pago).
Segundo aquele diário, em causa estarão transferências realizadas durante quatro anos (de 2011 a 2014) que não terão passado pelo crivo da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), apesar de os bancos identificarem uma a uma as transferências de dinheiro realizadas de Portugal para as contas sediadas em paraísos fiscais, como manda a lei. O assunto já estará a ser investigado pela Inspeção Geral de Finanças, por ordem do Ministério das Finanças.
Com a revisão em alta dos valores relativos a esses quatro anos, e somando anteriores e posteriores, o total de transferência para offshores ascende a 28.909,6 milhões de euros.
Ainda segundo o Público o Ministério das Finanças terá confirmado que as divergências e omissões foram detetadas quando foi “retomado o trabalho de análise estatística e divulgação” dos valores das transferências para os centros offshores e para os “territórios com tributação privilegiada”, o que aconteceu no final de 2015 e início de 2016.
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