5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados
Num dia muito marcado pela política monetária, com especial foco para o que vai, ou não, fazer a Fed, há um leilão de dívida de curto prazo em Portugal. E é o dia em que se decide o futuro do BPI.
Dia D (esblindagem) no BPI
Depois do adiamento, a assembleia geral de acionistas do BPI vai mesmo acontecer. Reunidos no Porto, os acionistas do banco deverão aprovar a desblindagem dos estatutos da instituição que é passo essencial para abrir caminho à oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank. A reunião magna arranca às 10:00, contando já com a não oposição da Holding Violas Ferreira (HVF). As ações do banco estão suspensas de negociação à semelhança do que aconteceu na anterior assembleia geral.
Mais dívida, mas de curto prazo
Depois das taxas mais altas no leilão de obrigações, o IGCP volta ao mercado, desta vez para tentar obter financiamento de curto prazo. A agência liderada por Cristina Casalinho faz esta quarta-feira dois leilões das linhas de bilhetes do Tesouro com maturidades em março de 2017 e em setembro de 2017, ou seja, a seis e 12 meses. No conjunto dos dois leilões, o objetivo é angariar entre 1.500 e 1.750 milhões de euros, operação que acontece depois de o Banco de Portugal ter vindo garantir que há dívida suficiente no mercado e que Portugal continuará a ser abrangido pelo programa do BCE pelo menos até Março de 2017.
Mais estímulos no Japão
Enquanto a Reserva Federal dos EUA está a arrancar com a subida de juros, na Zona Euro e no Japão mantém-se a lógica dos estímulos. O Banco do Japão decidiu manter a taxa de depósitos em -0,1%, mas o limite de compras de ativos de 80 biliões de ienes foi alargado. Ou seja, pode injetar ainda mais dinheiro na economia, o que fez disparar os mercados asiáticos e vai animar a negociação na Europa.
Investidores à espera da Fed
Sobe, não sobe… sobe? O que é que a Fed vai fazer? Tem sido esta a interrogação dos investidores quanto à política monetária de Janet Yellen. Depois de subir pela primeira vez a taxa de referência dos EUA em Dezembro, as novas subidas têm sido adiadas, mas várias vozes do Comité Federal do Mercado Aberto, ou FOMC, têm alertado para que uma nova revisão em alta pode acontecer em breve. A expectativa é, contudo, de que nada aconteça esta quarta-feira, 21 de setembro. Mas a conferência de imprensa que se segue ao anúncio da decisão deverá gerar tensão nos mercados.
Quanto petróleo há… nos EUA
É um dado que é revelado todas as semanas, mas o nível das reservas de petróleo norte-americanas está a ter cada vez maior relevância junto dos investidores. A Administração de Informação de Energia (EIA) dá a conhecer os números referentes à semana passada, sendo que um aumento poderá travar os avanços nas cotações do barril tanto em Nova Iorque como em Londres. Este dado surge numa altura em que é grande a expetativa quanto ao que poderá fazer a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. Há cada vez maior especulação de que a reunião informal da próxima semana como a Argélia possa passar a uma reunião formal, podendo agitar os preços nos mercados internacionais.
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