Wall Street. Fed aperta regras na negociação de commodities

Em causa está a negociação de commodities perigosas como o petróleo e gás natural e que representa riscos acrescidos para os bancos de investimento em Wall Street, como o Goldman Sachs.

Os bancos de investimento norte-americanos poderão ter de obter até quatro mil milhões de dólares em capital adicional para movimentar matérias-primas perigosas como petróleo e gás natural, de acordo com uma lei que a Reserva Federal (Fed) quer introduzir em Wall Street. O objetivo é diminuir os riscos de derrames, explosões e outras catástrofes que a comercialização destas commodities podem representar para o sistema financeiro do país.

“A proposta ajudará a reduzir os riscos de catástrofe, legais, reputacionais e financeiros que as atividades de matérias-primas físicas representam para as companhias financeiras“, refere a Fed num comunicado citado pela Bloomberg. A nova lei visa “avaliar melhor os potenciais riscos legais, de reputação e financeiros, particularmente aqueles que podem resultar num desastre ambiental”, salientam as autoridades.

Além das exigências de capital adicional, a Fed quer reduzir os limites à atividade de negociação das commodities físicas, retirar aos bancos a gestão de centrais elétricas e restringir a atividade no mercado do cobre. Quanto aos bancos que permanecerem no mercado, apesar das novas restrições, estes terão de tornar públicos os seus stocks de commodities.

"A proposta ajudará a reduzir os riscos de catástrofe, legais, reputacionais e financeiros que as atividades de matérias-primas físicas representam para as companhias financeiras.”

Reserva Federal norte-americana

Há muito que Wall Street vem debatendo a introdução de regras para enfraquecer a ligação entre a banca e o mercado de matérias-primas e nos últimos anos foram várias as instituições financeiras que reduziram ou simplesmente abandonaram este negócio.

Ainda assim, a medida deverá afetar particularmente o Goldman Sachs, que mantém a divisão de commodities conhecida como J. Aron, que fornece petróleo e gás natural para empresas de toda a América do Norte.

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