OPEP: Produção de petróleo não dá tréguas

  • Rita Atalaia
  • 12 Outubro 2016

O cartel diz que a produção de petróleo continuou a aumentar em setembro, marcando um recorde. A Nigéria, Irão, Líbia e Iraque são os principais responsáveis por esta subida.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) diz que a produção de petróleo continuou a aumentar em setembro, registando um novo recorde. O cartel diz que este aumento se deve sobretudo à Nigéria, Irão, Líbia e Iraque. Já a Arábia Saudita registou a queda mais acentuada.

De acordo com o relatório sobre o mercado petrolífero divulgado hoje pelo cartel, a produção da OPEP situou-se em média nos 33,39 milhões de barris por dia, o que representa uma subida de 220 mil barris por dia face a agosto. Entre os países que mais se destacam, o aumento da produção no Iraque é a mais pronunciado. Por outro lado, a Arábia Saudita revelou uma queda de cerca de 88.000 barris por dia, a mais significativa em comparação com a Venezuela, Angola, Gabão, Argélia e Indonésia.

O cartel também diz que a oferta global de petróleo aumentou 1,46 milhões de barris por dia e que a quota da OPEP nesta subida é de apenas 15%. Os produtores fora do cartel é que foram os principais responsáveis por este aumento. As boas notícias é que a oferta fora da da OPEP deve diminuir 680 mil barris em 2016.

Procura continua a ser um problema

Em relação à procura mundial pela matéria-prima, a OPEP espera agora que se situe nos 94,4 milhões de barris por dia, um aumento de 100 mil em comparação com o relatório anterior. Mas manteve a previsão para 2017, o que mostra como a procura fraca vai continuar a adiar o regresso ao reequilíbrio.

Para a OPEP, a procura pelo petróleo do cartel foi revista em alta para se situar nos 31,8 milhões de barris por dia e está acima do nível registado em 2015.

A Agência Internacional de Energia disse na terça-feira que o excesso de oferta de petróleo deverá continuar até ao primeiro semestre de 2017. A procura também não está a ajudar, continuando a abrandar devido ao crescimento fraco da OCDE e à desaceleração pronunciada da China, um dos maiores consumidores da matéria-prima.

 

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