Dia de alívio em Wall Street? Efeito Trump diz não

O vermelho tomou conta das bolsas norte-americanas. Donald Trump continua a inquietar os investidores de Wall Street onde se receia uma surpresa como a do Brexit.

As eleições presidenciais nos EUA continuam a marcar negativamente as bolsas norte-americanas. Wall Street fechou no vermelho, quebrando com o que tende a acontecer antes das eleições: as bolsas tendem, quase sempre, a subir. Neste ciclo pré-eleições, registam a maior série de quedas desde 2008.

Exemplo disso mesmo é o S&P 500 que, historicamente, tem sempre subido nos últimos cinco dias antes das eleições norte-americanas. A principal explicação está nas polémicas que Trump e Clinton alimentaram ao longo da campanha. Isso tem resultado em incerteza dos investidores, principalmente por causa da reabertura da investigação aos emails da candidata democrata e o consequente declínio das suas intenções de voto. À semelhança do Brexit, os investidores temem ser surpreendidos com uma vitória de Trump.

Desempenho histórico do S&P 500 antes das eleições

Fonte: Bloomberg

Esta quinta-feira, o S&P 500 sofreu uma queda de 0,53% para os 2.086,94 pontos. Entre as empresas que viram as suas ações cair está o Facebook com uma descida de 5,86%, mesmo com os resultados surpreendentes do terceiro trimestre. Depois da escalada das ações, a incerteza nos mercados levou alguns investidores a realizarem mais-valias.

Já Dow Jones caiu 0,16% para os 17.931,22 pontos, mesmo com a subida da Walt Disney de 1,47%. O índice foi castigado pelas queda da farmacêutica Pfizer, a tecnológica Intel e a Apple, que caiu 1,66%. O Nasdaq foi o que teve um registo pior em Wall Street: deslizou 0,92% para os 5.058,41 pontos.

O mercado não tinha considerado que a vitória de Donald Trump poderia ser real.

Ernie Cecilia

Chefe de investimento da Byrn Mawr Trust

“Tem tudo a ver com certezas e incertezas. É isso que move os mercados: as manchetes e a política”, considera o chefe de investimento da Bryn Mawr Trust, à Bloomberg. “A descida recente tem mais a ver com as projeções a darem empate aos candidatos. O mercado não tinha considerado que a vitória de Donald Trump poderia ser real”, explica Ernie Cecilia.

Editado por Paulo Moutinho

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