5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

Hoje a atenção dos investidores vai estar virada para Portugal. Mário Centeno vai continuar a ser ouvido sobre as alterações ao Orçamento do Estado, no Parlamento, e o comissário europeu para os Assuntos Económicos está de visita a Lisboa. Numa perspetiva de mercado, o foco está centrado na subida das taxas de juro e na descida nos CTT. Na Europa, não se esperam muitos dados de relevo, mas Mario Draghi vai ser ouvido em Frankfurt e os investidores vão procurar pistas sobre o futuro da política monetária.

Centeno ouvido no Parlamento

No dia em que termina o prazo para a entrega das alterações do OE, Mário Centeno regressa ao Parlamento. O ministro das Finanças vai continuar a explicar a proposta do Orçamento aos deputados, depois de a comissão ter validado os planos de Mário Centeno e cancelado a suspensão dos fundos comunitários.

Moscovici de passagem por Portugal

O comissário europeu para os Assuntos Económicos, Pierre Moscovici vai estar em Portugal esta sexta-feira, no Salão Nobre do Ministério das Finanças. Esta semana, o responsável reconheceu que ao olhar para os números, considera que os progressos da economia portuguesa são agora “mais fortes”, uma afirmação que surge em clara contradição com as declarações do ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble que sustentou que “Portugal estava no bom caminho até entrar o novo Governo”.

Será que a queda dos CTT vai continuar?

Os CTT registaram esta quinta-feira uma queda de mais de 5%. E tudo porque o Governo decidiu notificar os cidadãos através do correio eletrónico. Esta decisão anula qualquer incentivo às receitas da empresa de serviços postais. Será que a tendência de desvalorização veio para ficar?

Olhos virados para Draghi

Esta sexta-feira os olhos dos investidores vão estar virados para o discurso de Mario Draghi num evento em Frankfurt. O mercado procura pistas sobre o futuro da política monetária, depois de o presidente do Banco Central Europeu ter sinalizado que a política acomodatícia não vai terminar de forma “abrupta”. A forma como o BCE vai reagir ao esperado aumento “para breve” dos juros nos Estados Unidos é outra das pistas que os investidores vão procurar.

Até onde vão os juros de Portugal?

Os juros da dívida portuguesa têm vindo a agravar-se, um pouco à semelhança do que está a acontecer nos restantes países do euro. Esta quinta-feira, a taxa das Obrigações do Tesouro a dez anos tocou os 3,75%, o máximo desde outubro. Esta tendência deverá manter-se até à próxima emissão de dívida do país, agendada, segundo o Commerzbank, para a próxima semana. Até lá, a cautela deve dominar.