Samsung admite avançar com reestruturação profunda

Em estudo estará a criação de uma holding, que ficaria com a operação dos negócios, e a entrada em bolsas estrangeiras.

A Samsung admite avançar com aquela que será a maior mudança estrutural nos seus 47 anos de existência. A tecnológica sul-coreana está a estudar dividir a empresa em duas e entrar em novas bolsas, numa tentativa de criar valor “sustentável” e “de longo prazo” para os acionistas.

Em estudo estará a criação de uma holding, que ficaria com a operação dos negócios, e a entrada em bolsas estrangeiras.

“A Samsung tem vindo, nos últimos anos, a adotar medidas para simplificar o negócio para se concentrar nas áreas vitais, num momento em que a empresa continua a avaliar oportunidades para otimizar a valorização de longo prazo”, refere a tecnológica, em comunicado emitido esta terça-feira. “Isto inclui a possibilidade de criar uma holding e os potenciais benefícios e a viabilidade de cotar as ações da empresa em bolsas estrangeiras”, acrescenta.

A hipótese está a ser colocada depois de o fundo de investimento norte-americano Elliott Management ter pedido, em outubro, que a tecnológica reforçasse o valor das ações. Contudo, nada é ainda certo e a Samsung vai agora avaliar as várias soluções.

“Esta hipótese não indica qual é a intenção da administração”, aponta a Samsung, adiantando que já foi contratada uma equipa de consultores externos para avaliarem estas soluções. A decisão deverá demorar, pelo menos, seis meses a ser tomada.

Entretanto, no Parlamento…

A Samsung não está só a estudar uma reestruturação profunda. Enquanto isso, está também envolvida numa investigação a suspeitas de corrupção e tráfico de influências, que já levou a que fossem feitas buscas nos escritórios da maior empresa sul-coreana.

Em causa está a alegada interferência de Choi Soon-sil, amiga íntima de Park Geun-Hye, a presidente da Coreia do Sul, em assuntos de Estado, sendo que Choi Soon-sil nunca desempenhou qualquer cargo público.

O escândalo pode ter efeitos práticos muito em breve: esta terça-feira, Park Geun-Hye disse querer deixar o cargo de presidente antes do fim do mandato, em 2018, e pediu ao parlamento sul-coreano para preparar a transição.

“Quando os deputados tiverem determinado as condições para uma passagem de poder que minimize qualquer vazio de poder e o caos na governação, eu saio”, disse, numa declaração país transmitida pela televisão. “Deixarei a questão da minha saída, incluindo a redução do meu mandato, a uma decisão da Assembleia Nacional”, acrescentou.

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