Juros dos depósitos atingem novo mínimo histórico

Bancos remuneraram as novas aplicações em depósitos a prazo a uma taxa de juro média de 0,34%, em outubro, segundo dados do BCE. É a taxa mais baixa de sempre.

Ter o dinheiro aplicado em depósitos a prazo ou debaixo do colchão rende quase o mesmo. Dados divulgados hoje pelo Banco Central Europeu mostram que a remuneração das novas aplicações em depósitos a prazo caiu, em outubro, para um novo mínimo histórico.

Nesse mês, a banca nacional pagou uma taxa de juro média de 0,34% nas novas aplicações em depósitos a prazo, o que corresponde à remuneração mais baixa de sempre, tendo em conta um histórico que remonta ao início do ano 2000. Este valor fica aquém da remuneração média de 0,35% oferecida em setembro, que já era também um mínimo.

Juros dos depósitos em queda desde 2011

Fonte: BCE
Fonte: BCE

A redução das taxas de juro dos depósitos a prazo acompanha o rumo descendente das Euribor, que se mantêm em valores negativos, e o desinteresse dos bancos em captar recursos — o BCE cede liquidez ilimitada. A prioridade dos bancos passa agora por maximizar os seus proveitos pela via das comissões.

Em outubro, a generalidade dos depósitos foi afetado por uma quebra das remunerações, com a exceção das aplicações entre um e dois anos, onde ocorreu uma ligeira melhoria. Nesse horizonte temporal a taxa de juro média fixou-se em 0,38%, acima dos 0,34% registados nas novas aplicações realizadas em setembro.

Já nas aplicações até um ano, a remuneração baixou de uma média de 0,33%, em setembro, para 0,32%, em outubro. De salientar ainda que as aplicações com prazos até um ano são as menos generosas para os aforradores. Já quem colocou dinheiro em depósitos para prazos superiores a dois anos, viu a respetiva remuneração média cair, de 0,45%, em setembro, para 0,43% em outubro.

Para além de verem as suas poupanças serem pouco valorizadas pelas instituições financeiras, a remuneração oferecida pela generalidade dos produtos é também insuficiente para anular o efeito da inflação. A inflação prevista pelo Governo para o próximo ano é de 1,5%.

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