António Costa sobre CGD: “Convém não confundir episódios com o que é essencial”

CGD foi o primeiro tema da entrevista ao primeiro ministro feita esta noite, pela RTP.

“Ninguém pode negar que houve um conjunto de episódios que não são positivos. Mas convém não confundir episódios com o que é essencial”, disse António Costa sobre a polémica da Caixa. Questionado, em entrevista à RTP sobre se o assunto Caixa seria “o melhor falhanço deste Governo”, o primeiro ministro disse que o balanço é positivo pelo caminho no sentido de “manter o banco do Estado e como grande pilar das famílias e do sistema financeiro”, garantiu.

Temos de perceber que as empresas, mesmo sendo públicas, não são do Estado. Continuam a ser empresas. Para que a capitalização fosse aprovada, tínhamos de saber quais as necessidades de financiamento”, disse.

“Se há coisa que não pode ser apontada é este governo não ter feito o possível para que os bancos consigam todos eles encontrar o melhor caminho”, disse, sobre o processo que o Executivo tem conduzido na Caixa.

“Ou confiamos no trabalho das empresas de auditoria ou não. Não podemos construir uma política sustentável e séria assente noutro dado que não seja a verdade”, assegurou o primeiro ministro. “O que aconteceu no passado (…) é que não é desejável para o futuro. Precisamos de um sistema financeiro tranquilo e organizado”, disse ainda.

O outro lado da Caixa

Questionado sobre as razões que levaram à demissão de António Domingues, a primeira escolha do Governo para ocupar o cargo de presidente da Caixa, António Costa não quis adiantar pormenores.

O melhor é perguntar-lhe a ele [a Domingues]. Se quer entrevistar António Domingues… Lamento a decisão. Respeito-a. Tenho a certeza que o Dr. Paulo Macedo assegurará uma gestão da Caixa”, disse António Costa, sublinhando que todo o processo teve em conta o “respeito respeito pelo compromisso com o salário que fosse compatível com o sistema do mercado” e “foi aprovado e Conselho de Ministros, na Assembleia da República”.

“Não sei se o tema das declarações foi o motivo efetivo [para a demissão de António Domingues]”, disse ainda António Costa, sublinhando que “tudo o que foi acordado com António Domingues foi escrupulosamente cumprido pela parte do Governo”.

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