Carlos César: “Ofertas pelo Novo Banco são vexatórias”
O presidente do PS critica as propostas recebidas pelo Novo Banco, defendendo que se avance com a nacionalização temporária do banco de transição.
O Governo está “furioso” com o Banco de Portugal por causa das propostas obtidas pelo regulador do setor para a venda do banco de transição. Carlos César, o presidente do Partido Socialista, vai mais longe. Diz que as “ofertas pelo Novo Banco são vexatórias”. Aponta para a nacionalização.
O Banco de Portugal fez esta semana a recomendação quanto ao melhor candidato para a compra do Novo Banco. Escolheu, como o ECO avançou em primeira mão, o Lone Star que oferece 750 milhões de euros, mas exige uma garantia estatal para o “side bank”. No entanto, tanto o consórcio Apollo/Centerbridge como o China Minsheng continuam na corrida.
São três os candidatos, com os quais o Governo agora irá negociar. Mas as propostas apresentadas pelo regulador não agradaram ao Executivo liderado por António Costa. O Expresso refere na sua edição deste sábado que o Governo ficou furioso com o Banco de Portugal, já Carlos César, o presidente do PS, diz que as ofertas são um “fiasco”.
As “ofertas pelo Novo Banco são vexatórias”, exclama, no Expresso (acesso pago). E perante estas propostas de baixo valor, mas também com condicionantes que Mário Centeno disse não aceitar, como uma garantia estatal, o presidente do PS defende que se avance com a nacionalização temporária do banco.
“O Governo deve resistir a uma venda ruinosa. O ideal é a venda. O objetivo final é a venda, mas a nacionalização pode ser uma etapa para uma reprivatização mais tarde”, refere Carlos César, apontando para a possibilidade de conseguir um valor mais elevado numa outra altura.
A posição de Carlos César, que Mário Centeno também não descartou na entrevista ao DN e à TSF, vem no sentido do que José Maria Ricciardi e Pedro Santana Lopes, entre outros, já vieram a público defender num contexto em que não se encontra uma solução satisfatória para o Novo Banco.
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