Finanças: Reembolso antecipado ao FMI “aumenta a credibilidade” do país

Portugal já pagou metade do empréstimo concedido pelo FMI. Governo fala em "robustez das condições económicas e financeiras de Portugal".

António Costa anunciou, na semana passada, que a dívida de Portugal ficou um ponto percentual do PIB mais baixa, com o reembolso antecipado de 1.700 milhões de euros da dívida ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Agora, é a vez de o Ministério das Finanças se congratular com o feito, que reflete “a robustez das condições económicas e financeiras de Portugal“.

Em comunicado enviado às redações, o ministério lembra que as organizações internacionais “encorajam todos os países a prepararem-se para um ambiente internacional económico e financeiro potencialmente mais incerto”. Neste sentido, “a melhoria significativa da estrutura da dívida pública portuguesa (mais longa, mais barata e numa base de investidores mais diversificada) é a chave para a resiliência neste ambiente“, aponta o comunicado.

O gabinete de Mário Centeno defende, assim, que “Portugal tem apresentado melhores resultados do que aqueles com que se tem comprometido e tem conseguido assim aumentar sustentadamente a sua credibilidade“.

A tranche de 1.700 milhões que Portugal pagou antecipadamente ao FMI tinha maturidade original em 2019 e o reembolso estava previsto para daqui a seis meses. Com esta operação, Portugal concluiu o reembolso de metade do empréstimo total do FMI.

É neste cenário que o Governo volta a bater na tecla “virar a página” da austeridade. “Da evolução registada ao longo do último ano, começa a emergir um consenso de que Portugal está a virar a página da crise. As reformas e os ajustamentos económicos sustentam uma recuperação que surpreendeu positivamente muitos observadores”, refere o comunicado.

O grande risco continua a ser a “fonte de vulnerabilidade” que é a banca. “Como em toda a Europa, os bancos exigem uma atenção contínua. Uma combinação de soluções foi implementada ao longo do último ano, incluindo medidas de reabilitação e a abertura do capital dos bancos aos investidores internacionais sólidos”, diz ainda o Ministério das Finanças.

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