Mercado reage ao fim da oferta: Unilever e Kraft afundam

A proposta da Kraft para comprar a Unilever por 143 mil milhões teve vida curta, mas está a ter efeitos. As ações das duas empresas estão a cair, depois de na sexta terem atingido máximos históricos.

A proposta da Kraft Foods para comprar a Unilever no valor de 143 mil milhões de dólares teve uma vida curta. Em menos de 48 horas a proposta foi conhecida, rejeitada pela Unilever 34MY 0,00% e retirada. Resultado as ações das duas empresas estão a cair.

A Bloomberg avança que a decisão de não prosseguir com aquele que poderia ter sido a maior aquisição de sempre na indústria de alimentos e bebidas fica a dever-se ao facto de a Kraft Foods, que tem Warren Buffett como um dos principais acionistas, ter considerado que não era possível chegar a uma transação amigável. Segundo fontes próximas ao negócio, citadas pela Bloomberg, uma “guerra” prolongada não era do interesse da Kraft que acredita que isso a poderia prejudicar em futuras oportunidades de negócio.

Michael Mullen, porta-voz da empresa americana adiantou mesmo que “o interesse da Kraft Heinz foi tornado público numa fase muito precoce“. E adiantou: “A nossa intenção era proceder de forma amigável, mas ficou claro que a Unilever não desejava prosseguir com uma transação. É melhor sair cedo para que ambas as empresas possam concentrar-se nos seus negócios”.

Na sua resposta à proposta, a holandesa Unilever tinha considerado que “não havia nenhum mérito, quer financeiro quer estratégico, para os acionistas da Unilever”.

Ainda assim, a primeira reação da Kraft foi dizer que ia estudar uma forma de as duas empresas poderem chegar a um acordo. Declarações essas que levaram as ações de ambas as empresas a atingirem máximos históricos. A Kraft chegou a subir mais de 11%, enquanto a Unilever registou mesmo uma subida de 13%.

Analistas ouvidos pela Bloomberg consideram que a rápida retirada da oferta é surpreendente e afirmam que esta episódio pode mesmo afetar a credibilidade da Kraft.

No conjunto as duas companhia fecharam 2016 com um volume de vendas de 84,8 mil milhões de dólares, um valor só superado pela Nestlé.

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