Taxistas e motoristas da Uber reúnem-se esta sexta-feira

Parceiros da Uber vão reunir esta sexta-feira com os taxistas e, em cima da mesa, estará a busca por pontos de convergência, numa altura em que a federação se prepara para mais um protesto.

Pela primeira vez, motoristas da Uber e taxistas vão estar sentados à mesma mesa numa tentativa de encontrar “pontos de entendimento” entre ambas as partes. A Associação Nacional de Parceiros das Plataformas Alternativas de Transportes (ANPPAT), que terá perto de uma centena de empresas parceiras das plataformas Uber e Cabify, irá fazer-se representar junto da Federação Portuguesa do Táxi (FPT) para uma reunião esta sexta-feira, pelas 11h, sabe o ECO.

A informação foi confirmada por ambas as entidades. O encontro foi solicitado pela associação de parceiros e os taxistas decidiram aceder ao pedido. Ao ECO, João Pica, presidente da ANPPAT, disse que “chegou a altura de acalmar os ânimos”. “Todos os dias temos veículos danificados e atingidos de forma muito violenta, há agressões aos nossos parceiros quase diariamente e sentimos que é altura de dizer basta e irmos por uma via pacífica”, indicou.

Já Carlos Ramos, presidente da FPT, referiu que “vamos ouvir as preocupações e saber o que é que [os parceiros] pensam”. “Face àquilo que nos forem apresentando, nós vamos respondendo”, acrescentou. Recorde-se que, esta quarta-feira, a FPT convocou uma concentração-vigília para 9 de março, em frente à sede do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT). É mais uma ação de protesto contra a alegada inércia das autoridades em relação à atividade da Uber e da Cabify, que consideram estar ilegal.

A convocação deste protesto terá sido posterior à marcação da reunião com a ANPPAT, garantiu ao ECO João Pica, que considerou a atitude como “contraproducente”. O protesto da FPT “não vem no momento ideal porque, se queremos calma e serenidade, temos de aguardar. Devíamos arranjar pontos de entendimento — são possíveis — de forma a irmos depois ao encontro dos grupos parlamentares para fazer sair uma lei”, apontou o presidente da associação.

Da parte dos taxistas, quanto à possibilidade de desconvocar o protesto, o presidente da FPT, Carlos Ramos, referiu que “estamos a marcar isso até com algum tempo para que quem de direito oiça este grito, que é mais um, para que nos digam alguma coisa. O IMT, neste caso concreto, será, para já, aquela entidade que deveria dizer qualquer coisa”, frisou. Em contrapartida, João Pica, da associação dos parceiros das plataformas eletrónicas, não descartou a hipótese de estes avançarem também com uma ação própria de protesto, semelhante, dependendo isso da reunião que a ANPPAT terá esta sexta-feira com a direção da FPT, que estará a representar o setor do táxi.

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