Dividend yield? Payout? Não fuja, vamos falar de dividendos

São termos mais ou menos técnicos mas que podem fazer a diferença na hora de caçar a melhor proposta de dividendo na bolsa. Já ouviu falar de "dividend yield", "payout" e "ex-dividend"?

Está a chegar uma das épocas mais esperadas pelos investidores. É a altura do ano em que as empresas fazem contas ao que lucraram no ano anterior e tentam compensar os seus acionistas através da partilha dos seus lucros. Fazem-no através de dividendos. Há uns mais atrativos do que outros. Há datas a fixar para não deixar escapar as oportunidades. E há termos que parecem mais complicados do que realmente são. Prepare a sua carteira também com conhecimento mais técnico para ser bem-sucedido.

Payout

Representa a parcela dos lucros que a empresa vai dar aos acionistas sob a forma de dividendo. A mesma empresa X registou um lucro de 100 milhões de euros no ano passado e vai distribuir 75 milhões de euros desse resultado pelos seus acionistas. Ou seja, o payout da empresa será de 75% uma vez que vai dedicar 75 milhões a dividendos dos 100 milhões que obteve em lucro.

Um payout elevado não significa necessariamente que a empresa está a ser generosa com os seus acionistas. Poderá representar um compromisso da administração com os investidores, mesmo que o desempenho da empresa em termos de resultados não tenha sido o mais positivo. E também não significa o melhor dividendo para a sua carteira. A melhor forma de calcular a atratividade do dividendo é através do dividend yield.

Dividend yield

É um rácio financeiro muito utilizado pelos investidores para avaliar a atratividade do dividendo. Compara quanto a empresa irá pagar no seu dividendo com o valor do preço da ação. Calcula-se dividindo o dividendo pela cotação da ação. Quanto mais elevada for esta taxa, mais atrativo se assume o dividendo.

Um exemplo: a empresa X vai colocar à disposição um dividendo de 0,50 euros. As ações da empresa estão a cotar-se nos 10 euros. O dividend yield será calculado através da divisão dos 0,5 euros (dividendo) pelos 10 euros (ação). A leitura faz-se em percentagem, o que dá uma taxa de 5%.

Ainda assim, na hora de tomar a decisão, não esteja apenas atento à taxa de remuneração acionista. Há outras variáveis a ter em conta, como o risco e perspetivas da empresa e a consistência dos dividendos (caso seja um investidor de longo prazo), ou a data de ex-dividend (se a estratégia for de curto prazo), por exemplo.

Ex-Dividend

Quando olhar para o calendário da época de dividendos, não deverá ter apenas em consideração o dia em que ele será liquidado. Importa saber qual é o último dia em que a ação negoceia em bolsa com direito ao dividendo. A data de ex-dividend é isso: o dia em que uma ação perde direito ao dividendo.

Se quiser aproveitar o dividendo, terá necessariamente de ter as ações da empresa na sua carteira antes de o título entrar em ex-dividendo, o que acontece sempre dois dias úteis antes do pagamento da remuneração.

Exemplo: a empresa X vai pagar o dividendo no dia 21 de maio. Dois dias úteis antes de 21 de maio as ações negoceiam sem direito ao dividendo. Ou seja, terá de ser acionista da empresa X três dias úteis antes da liquidação para ter direito à recompensa.

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