César pede “serviço público” do PS na reestruturação da rede da CGD

  • Lusa
  • 20 Março 2017

O PS deve intervir na reestruturação do banco público, mesmo que não seja dada qualquer orientação por parte do Governo, defende Carlos César.

O líder parlamentar do PS pediu aos deputados socialistas, esta segunda-feira, que defendam o “serviço público” no processo de reestruturação da rede de agências da Caixa Geral de Depósitos (CGD), salientando que não se pode “assobiar para o ar” nesta matéria.

Esta posição de Carlos César, também presidente do PS, consta de uma nota enviada esta manhã aos membros da direção da bancada socialistas, a que a Lusa teve acesso, na qual também se salienta que essa linha ativa de atuação deve ser seguida mesmo que o Governo não dê qualquer orientação.

O apelo de Carlos César é lançado depois de ter sido noticiado que, no âmbito do processo de recapitalização da CGD, a administração do banco público deverá encerrar cerca de 70 balcões até ao final do ano, estimando-se que a redução de agências atinja as 180 no final de 2020 – uma reestruturação que tem levantado dúvidas ao PCP, Bloco de Esquerda e “Os Verdes” e que conta já com a oposição do PSD.

"Não é num caso de milhares de milhões de euros que se admite o fecho de um único balcão por concelho, onde podem estar dois funcionários e com limitação de prestação de serviços.”

Carlos César

Líder parlamentar do PS

Na nota enviada aos membros da direção da bancada do PS, Carlos César refere que, numa próxima audição parlamentar sobre este assunto, o Grupo Parlamentar “deve defender que não é num caso de milhares de milhões de euros que se admite o fecho de um único balcão por concelho, onde podem estar dois funcionários e com limitação de prestação de serviços”.

Não se trata de intromissão em matéria de gestão, mas sim de intervenção em matéria de serviço público“, sustenta o presidente do PS. Neste ponto, Carlos César admite mesmo uma diferenciação face o executivo em matéria de intervenção política.

“Se pode ser admissível que o Governo, apesar de acionista único, não queira dar orientação, têm razão os que acham que o parlamento não deve assobiar para o ar. Assim, salvo decisão, na primeira oportunidade, em contrário, da direção ou do grupo, é esta a orientação que vai vigorando”, salienta o presidente da bancada socialista na sua missiva.

O encerramento de balcões da CGD, bem como a redução do número de trabalhadores, levou o Bloco de Esquerda a pedir uma audição urgente do ministro das Finanças, Mário Centeno, no parlamento.

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