Depois do BCE, preços superam meta do BOE

Agora foi a vez de o Banco de Inglaterra ver a inflação a superar o alvo de 2% que definiu para este indicador. Isto depois de os preços terem tocado a meta do Banco Central Europeu.

A inflação do Reino Unido acelerou em fevereiro, naquele que foi o ritmo mais célere desde setembro de 2013. Os preços aceleraram 2,3%, superando a meta do Banco de Inglaterra pela primeira vez em mais de três anos. Uma subida que acontece depois de os preços na Zona Euro terem tocado os 2%, o alvo do Banco Central Europeu para a inflação.

Os preços no Reino Unido cresceram 2,3% em fevereiro, ficando acima da meta de 2% que o banco central britânico definiu para a inflação. Os dados apresentados pelo gabinete nacional de estatísticas também mostram que esta recuperação se deve à queda de 17% da libra desde que o Reino Unido decidiu sair da União Europeia — subindo agora 0,88% para 1,2466 face ao dólar –, assim como a um aumento dos preços do petróleo. Já a inflação subjacente — que exclui energia e alimentos — avançou 2%, o ritmo mais rápido desde meados de 2014.

“Uma inflação acima do alvo deve ficar em foco quando falarmos do desempenho económico do Reino Unido num futuro próximo”, diz o economista Dan Hanson à Bloomberg. “A inflação só deve regressar à meta em meados de 2019”, acrescenta. O relatório de fevereiro também põe fim a quase três anos de queda dos preços dos alimentos, com os custos a acelerarem 0,3%. O último aumento tinha sido em abril de 2014.

Já não é a primeira vez que a inflação alcança o alvo de um banco central. Também o BCE viu isso acontecer em fevereiro, quando os preços tocaram os 2%. Uma subida que, segundo o Eurostat, se deveu sobretudo à energia. Mas, excluindo esta componente, os preços subiram apenas 0,9%, o que deve convencer Mario Draghi a manter, por agora, a política monetária para impulsionar os preços da Zona Euro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Depois do BCE, preços superam meta do BOE

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião