BES: Emigrantes lesados voltam a pedir “justiça” em Paris

  • Lusa
  • 25 Março 2017

Os emigrantes lesados do Banco Espírito Santo voltaram a manifestar-se hoje em Paris para pedir "justiça" e reclamar as poupanças que depositaram, prometendo voltar às ruas dentro de um mês.

Os emigrantes lesados do Banco Espírito Santo (BES) voltaram a manifestar-se hoje em Paris para pedir “justiça” e reclamar as poupanças que depositaram, prometendo voltar às ruas dentro de um mês.

“Estão outras manifestações previstas. Organizámos esta porque já tivemos paciência que chegasse. Já faz três anos, acho que já chega. Portanto, tem que haver uma solução para estes emigrantes que aqui estão, todos lesados do Novo Banco. Enquanto a gente não tiver nada concreto, a gente não vai parar“, disse à Lusa Carlos Costa, do grupo Emigrantes Lesados Unidos, que organizou o protesto.

"Estão outras manifestações previstas. Organizámos esta porque já tivemos paciência que chegasse. Já faz três anos, acho que já chega. Portanto, tem que haver uma solução para estes emigrantes que aqui estão, todos lesados do Novo Banco. Enquanto a gente não tiver nada concreto, a gente não vai parar.”

Carlos Costa

grupo Emigrantes Lesados Unidos

Entre cerca de uma centena de emigrantes, reunidos em frente à Embaixada de Portugal, estava José Fernandes Fonseca, há 34 anos em França, que entoou a frase “tenho desgosto de ser português”, contando à Lusa que foi enganado no ex-BES porque “pediu uma conta a prazo” e o gerente do banco sempre lhe disse que “o dinheiro estava numa conta segura”.

Sérgio Morgado, presença habitual nas manifestações dos emigrantes lesados do BES em Paris, disse que o dinheiro dos emigrantes foi “ganho com muito suor” e lamentou, apontando para uma faixa de protesto.

“O governador do Banco de Portugal é um ladrão, é um corrupto e nós estamos aqui feitos desgraçados a lutar pelo nosso dinheiro, a lutar pelas nossas economias que estão bloqueadas. Por alma de quem?”, disse, revoltado.

A Associação Movimento Emigrantes Lesados (AMELP) reuniu-se pela primeira vez com o presidente do Novo Banco, António Ramalho, a 17 de março.

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