COTEC: Empresários vão a Matosinhos para “inventar o futuro”
A COTEC vai promover mais um Encontro Nacional de Inovação. Será no CEiiA, em Matosinhos, a 16 de maio. Jorge Portugal, diretor-geral da associação, revela o que esperar desta edição.
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É sobre o lema “Inventar o Futuro” que a Associação Empresarial para a Inovação, COTEC, volta a organizar mais um Encontro Nacional de Inovação. O evento realiza-se este ano a 16 de maio no CEiiA em Matosinhos, seis meses depois da edição anterior que girou à volta da economia circular. Desta vez, o tema é outro — assim como o objetivo.
“O grande tema este ano é continuar a crescer pela inovação através das redes colaborativas. Acreditamos que, se todas as empresas podem ser inovadoras, nenhuma empresa pode inovar sozinha”, explicou o diretor da COTEC, Jorge Portugal, em conversa com o ECO. “Vamos trazer empresas que demonstram, na prática, como é que, ao terem uma perspetiva de futuro no mercado, se alinham depois com a sua rede de inovação aberta”, disse.
O pressuposto fundamental é o de que esses exemplos existem e são transversais a “muitos setores”. “Não há setores tradicionais nem setores de intensidade tecnológica superior. Isso é uma definição que já está obsoleta. O que temos é setores que são competitivos e têm mais intensidade e inovação, e outros que têm menos intensidade de inovação”, acrescentou Jorge Portugal.
No lado mais técnico, a COTEC quer mostrar aos empresários neste encontro que “uma máquina ligada à internet pode funcionar de uma forma melhor e pode ser mais eficiente e mais produtiva”. “Vamos ter no encontro algumas demonstrações práticas que mostram que quando ligo uma máquina a uma rede aberta, consigo, ao trabalhar com ela, maior eficiência e maior produtividade”, sublinhou.
Naquela que será a 14º edição do encontro, a COTEC prepara-se para apresentar um estudo científico, elaborado em parceria com a Deloitte: “Vamos apresentar um estudo inédito em que se demonstra que as empresas inovadoras conseguem um desempenho empresarial superior às empresas que não têm esses níveis de inovação”, avançou o diretor da COTEC ao ECO.
“Essas empresas crescem mais depressa; exportam mais; têm autonomia financeira e endividamento menor; são, em média, maiores e conseguem ter maior eficiência sobre a utilização dos seus ativos; e são maiores empregadores e pagam melhores salários. Por tudo isto, a inovação compensa”, defende.
"Vamos apresentar um estudo inédito em que se demonstra que as empresas inovadoras conseguem um desempenho empresarial superior às empresas que não têm esses níveis de inovação.”
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Este ano, a COTEC terá ainda um convidado especial. “Vamos ter um keynote speaker, Roland Kupers, que é um homem que está hoje na Universidade de Oxford, mas que esteve muitos anos na Shell e na AT&T a criar cenários que permitam posicionar as empresas na perspetiva de construir esse futuro”, disse Jorge Portugal.
De referir, por fim, que a escolha do CEiiA para acolher o encontro não foi inocente. O engenheiro admite-o: “Achámos que estava na altura de fazer uma edição do encontro no norte e o ambiente do CEiiA é propício, se estamos a falar de circularidade, de inovação, da nova indústria. O facto de realizarmos o encontro numa nave industrial é particularmente simbólico”, concluiu.
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