5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O Montepio vai continuar em foco para os investidores. Mas também os juros da dívida portuguesa, com a taxa a dez anos cada vez mais perto dos 3%. Lá fora, olhos postos no mercado norte-americano.

Os investidores têm uma agenda cheia, tanto no mercado nacional como internacional. Por cá, vão olhar para as unidades de participação do Montepio, que têm oscilado significativamente nas últimas duas sessões sem motivo aparente. Mas também para os juros da dívida portuguesa, que continuam a aliviar. Lá fora, o foco dos investidores vira-se para os EUA. Dados económicos podem dar força à teoria da Reserva Federal dos EUA de que a economia vai suportar mais aumentos das taxas de juro. Sinais que podem ser dados quando dois responsáveis do banco central discursarem, um na Coreia do Sul e outro em Nova Iorque.

Montepio sobe, Montepio desce

O Montepio continua a oscilar em bolsa. Ao ponto de a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários já estar em alerta. A subida vertiginosa das unidades de participação da Caixa Económica Montepio Geral está a ser seguida de perto pelo “polícia da bolsa” que tem estado a analisar as transações. É que o banco mais do que duplicou de valor em bolsa, isto apesar da reduzida liquidez registada. Uma movimentação que não tem, até agora, um motivo aparente. Será que estas valorizações expressivas vão levar as unidades de participação do banco liderado por Félix Morgado a valerem tanto quanto valiam quando começaram a negociar em bolsa?

Juros portugueses a aliviar… abaixo dos 3%?

O mercado de dívida nacional está a dar sinais de alívio. Os juros portugueses estão a recuar em todas as maturidades. A taxa a dez anos está mesmo cada vez mais perto de cair abaixo dos 3% –– tocou os 3,027% durante a sessão desta quarta-feira. A cinco anos, o cenário repete-se: a taxa tocou os 1,436%. Uma tendência que contraria o que está a acontecer no resto da Europa. As taxas estão a agravar na Alemanha, Espanha e Itália.

Responsáveis da Fed falam, mercado ouve

O presidente do banco da Reserva Federal de São Francisco, John Williams, e o governador Jerome Powell discursam esta quinta-feira. O primeiro responsável em Seul, Coreia do Sul, e o segundo em Nova Iorque. Os discursos de ambos vão ser analisados pelos investidores, que continuam a tentar perceber quantas vezes é que o banco central norte-americano ainda vai subir as taxas de juro este ano. Quando a presidente da Fed, Janet Yellen, voltar a encontrar os seus pares dos vários Estados norte-americanos a 13 e 14 de junho, poderá ser para aumentar outra vez os juros.

Será que o petróleo vai continuar a cair?

Os preços do “ouro negro” estiveram sob pressão na quarta-feira. Caíram abaixo dos 50 dólares, tanto em Nova Iorque como em Londres. Uma queda provocada pelas dúvidas em relação à eficácia do prolongamento dos cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na eliminação do excesso de barris no mercado, numa altura em que a produção norte-americana continua em alta. O mercado vai esta quinta-feira novamente a teste quando o Departamento de Energia dos EUA divulgar os números para as reservas semanais de energia. Se revelarem um aumento da produção norte-americana, as cotações vão continuar a cair.

Dados económicos nos EUA dão alento à Fed

O mercado de trabalho dos EUA, um dos indicadores a que a Fed dá atenção quando toma decisões de política monetária, vai estar em foco. Os EUA vão divulgar os dados para a criação de emprego no setor privado. Segundo analistas consultados pela Bloomberg, o mercado deve criado 188 mil postos de trabalho. Isto depois de terem sido adicionados 177 mil empregos em abril. Já os pedidos de subsídio de desemprego, caso revelem uma diminuição, podem ajudar a reforçar a perspetiva de que a economia está suficientemente forte para suportar uma normalização da política monetária.

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