Takata afunda quase 70% após declarar insolvência
Fabricante japonês de airbags declarou insolvência, originando uma quebra avultada em bolsa.
As ações da Takata caíram hoje quase 70% na bolsa de Tóquio, depois de, na segunda-feira, o fabricante japonês de airbags ter declarado bancarrota devido aos avultados prejuízos provocados pelos dispositivos de segurança defeituosos.
No arranque das transações, às 09:42 (01:42 em Lisboa), as ações da Takata na bolsa de Tóquio valiam 34 ienes (0,20 euros), traduzindo uma queda de 69,09%.
A declaração de insolvência apresentada no Japão e nos Estados Unidos levou o regulador bolsista nipónico a suspender a cotação na sessão de terça-feira, após as ações da empresa terem acumulado, desde meados deste mês, perdas na ordem dos 80%.
A Takata tem obrigação de pagar o equivalente a 8.026 milhões de euros, o valor mais alto que uma empresa nipónica terá de pagar por estar em situação de falência, tratando-se do maior fracasso empresarial japonês desde a Segunda Guerra Mundial.
Fundada em 1933, a Takata, que é um dos maiores fornecedores de airbags e de outros dispositivos de segurança viária do mundo, tem lutado nos últimos anos com graves dificuldades financeiras derivadas dos problemas nos airbags.
O defeito dos airbags da Takata, detetado em 2014, localiza-se nos infladores, concretamente no encapsulado metálico onde se aloja a bolsa de ar, que pode abrir-se com demasiada força e projetar fragmentos contra os ocupantes da viatura.
O problema, que tem afundado as contas da empresa devido aos gastos milionários decorrentes da substituição dos dispositivos e sanções, foi associado a pelo menos 15 mortes e afeta veículos de 19 fabricantes de todo o mundo.
O fabricante nipónico deverá ser comprado pela norte-americana Key Safety Systems, uma filial da chinesa Ningbo Joyson Electronic Corp, que já manifestou interesse no negócio avaliado em 1.600 milhões de dólares (1.400 milhões de euros).
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