Seguir analistas dá lucro na bolsa. Santander dá mais

Nem sempre seguir as recomendações dos analistas dá bom resultado, mas no último ano fazê-lo teria permitido retornos acima do PSI-20. Os analistas do Santander permitiram os maiores ganhos.

Research há todos os dias. São notas atrás de notas de investimento — embora já tenham sido bem mais — que procuram mostrar aos investidores onde estão as oportunidades ou, pelo contrário, de que empresas devem fugir. Análises aprofundadas aos negócios que terminam com uma avaliação, bem como uma recomendação. Mas vale a pena seguir essas recomendações? Vale. Ou, melhor, segui-las tinha rendido bem mais do que o índice português no último ano. A maioria dos bancos bateu o PSI-20, com o Santander a ser o mais certeiro. Destronou o CaixaBI.

“As carteiras da Goldman Sachs, do BPI e do Santander registam o melhor desempenho” na simulação do desempenho a médio prazo de carteiras cuja composição assenta nas recomendações de investimento dos analistas financeiros, feita pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Mas “todos os intermediários financeiros tiveram um desempenho superior ao desempenho do índice PSI-20 Total Return”, ou seja, considerando os dividendos pagos pelas cotadas.

Todas as carteiras tiveram um desempenho superior à evolução do PSI-20 Total Return (que registou uma perda de 5,04% no período em análise).

CMVM

A análise revelada no Relatório Anual da Atividade de Supervisão da Análise Financeira da CMVM, que avaliou o desempenho de uma carteira de 100 mil euros no período compreendido entre 1 de outubro de 2015 e 30 de setembro de 2016, mostra que o Santander destacou-se dos pares. O investimento na bolsa nacional seguindo as recomendações do banco espanhol gerou uma rentabilidade de 2,32% (2,18% após comissões de bolsa), à frente dos 2,18% do BPI, e dos 2,17% do Goldman Sachs. O Goldman Sachs tinha sido, no ano anterior, o pior, enquanto o CaixaBI tinha liderado os retornos.

Santander destrona CaixaBI

Dos oito intermediários financeiros considerados pela CMVM, cinco conseguiram apresentar retornos positivos, sendo que apenas três ficaram abaixo da linha de água num período em que o índice português perdeu valor — “a carteira da Fidentiis apresenta a maior desvalorização“, diz a CMVM, apontando para uma desvalorização de 1,52%. O PSI-20 apresentou uma desvalorização de 10,02%, sendo que o PSI-20 Total Return (TR) registou uma queda de 5,04% no período em análise.

“Todas as carteiras tiveram um desempenho superior à evolução do PSI-20 Total Return (que registou uma perda de 5,04% no período em análise). Também neste caso os resultados não têm sido homogéneos ao longo dos anos: em 2015, dois dos sete intermediários financeiros analisados tiveram uma carteira com pior performance que a do PSI-20 TR; em 2014, metade das carteiras registou um desempenho inferior ao de mercado; em 2013 (2012), todos (apenas um) os intermediários financeiros apresentaram um desempenho superior ao da carteira passiva daquele índice”, diz a CMVM.

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