Um mês depois do incêndio de Pedrógão, PSD quer ouvir MAI, Cristas fala em incompetência
PSD acusa o Governo de "incúria, desleixo e irresponsabilidade". CDS fala num Executivo "incompetente, que não assume a sua responsabilidade".
Um mês depois dos incêndios de Pedrógão Grande, o PSD exigiu esta segunda-feira a presença “com a máxima urgência” da ministra da Administração Interna no Parlamento, para explicar “o que foi feito” para colmatar as falhas verificadas, perante novos problemas detetados em Alijó. Já a presidente do CDS acusou o Governo de incompetência na gestão dos incêndios, apontado falhas reiteradas no SIRESP e o atraso na chegada das doações solidárias às populações.
Em conferência de imprensa no Parlamento, o vice-presidente da bancada social-democrata Carlos Abreu Amorim afirmou que o PSD teme “que tenha sido feito muito pouca coisa perante as falhas” detetadas no domingo no Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) no incêndio de Alijó (Vila Real).
“Um mês depois, o PSD quer saber o que é que o Governo fez para colmatar lacunas na prevenção e combate aos incêndios florestais”, adiantou ainda, exigindo explicações de Constança Urbano de Sousa sobre o que foi feito “para tranquilizar as populações” e para que “os apoios sociais e a ajuda necessários” cheguem às populações afetadas.
No dia em que se assinala um mês sobre a tragédia dos incêndios da zona centro, que fizeram 64 mortos e mais de 200 feridos, o PSD acusou o Governo de “incúria, desleixo e irresponsabilidade”.
Já a presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou o Governo de incompetência na gestão dos incêndios. “Um mês depois da tragédia de Pedrógão, o que nós vemos é um Governo incompetente, que não assume a sua responsabilidade, é uma ministra da Administração Interna que não é capaz de evitar novas falhas no SIRESP”, afirmou Assunção Cristas.
A líder centrista afirmou que no incêndio em Alijó, que deflagrou no domingo, o sistema voltou a falhar e, por outro lado, apontou falhas na “chegada das ajudas, do dinheiro que solidariamente foi dado por todos os portugueses, às populações”.
“Hoje passou um mês e ainda não chegou dinheiro nenhum”, declarou aos jornalistas antes de uma visita ao Centro Social da Musgueira, em Lisboa, na qualidade de candidata à Câmara de Lisboa.
A presidente do CDS-PP insistiu ainda na necessidade da demissão da ministra da Administração Interna: “Entendemos que, enquanto a ministra da Administração Interna lá continuar, não há autoridade e não há medidas concretas e eficazes no terreno”.
“Sabemos que azares acontecem, mas não pode haver repetições e o que vemos nesta falha do SIRESP é um sistema que não está a funcionar. Pergunto, o que é que a ministra da Administração Interna está a fazer? Este é um sistema gerido pela secretaria-geral da Administração Interna”, questionou.
Marcelo Rebelo de Sousa também já deixou uma nota no site da Presidência, relembrando, “um mês depois” da tragédia, “a exigência de apuramento total de factos e de responsabilidades, e de reconstrução imediata, em clima de trégua eleitoral local”. “Sessenta e quatro mortos interpelam-nos, exigindo verdade, convergência e reconstrução, com a humildade de assumirmos que os poderes públicos não corresponderam às expectativas neles depositadas”, diz.
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