Montepio já pediu à CMVM registo da OPA à Caixa Económica

  • Lusa
  • 26 Julho 2017

A Associação Mutualista Montepio lançou uma OPA sobre os títulos cotados em bolsa da Caixa Económica Montepio Geral, oferecendo 106 milhões de euros.

A Associação Mutualista Montepio Geral pediu na segunda-feira o registo da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Caixa Económica Montepio Geral, confirmou a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). A informação foi dada à Lusa por fonte oficial do regulador dos mercados financeiros, após a notícia ter sido avançada pelo Jornal de Negócios.

No início de julho, a Associação Mutualista Montepio anunciou a intenção de lançar uma OPA sobre os títulos cotados em bolsa da Caixa Económica Montepio Geral, oferecendo um euro por unidade, sendo o valor total da oferta de 106 milhões de euros. Estes títulos, apesar de estarem em bolsa, não são ações, mas títulos representativos de um fundo de participação da CEMG.

Quando foi anunciada a OPA, os títulos do Montepio valiam 0,497 euros. Nos dias seguintes, a cotação aproximou-se do valor da OPA. Esta quarta-feira, voltaram a subir 0,6% para 1,006 euros.

A Associação Mutualista Montepio Geral disse no anúncio da OPA ser sua intenção promover o mecanismo de perda da qualidade de sociedade aberta, pelo que, caso a OPA vá avante e tenha sucesso, os títulos da CEMG deixarão de ser cotados em bolsa. Caso tal não aconteça, com a transformação da CEMG em sociedade anónima, esses títulos transformavam-se em ações.

A CEMG tem admitidas à negociação na bolsa de Lisboa 400.000.000 de Unidades de Participação representativas da totalidade do Fundo de Participação.

A Associação Mutualista é o topo do Grupo Montepio e tem como principal empresa subsidiária a CEMG, que desenvolve o negócio bancário. A associação detém ainda 73,5% do total de Unidades de Participação representativas do Fundo de Participação da CEMG.

Ao que tudo indica, esta OPA tem como objetivo preparar a nova fase do banco mutualista. É conhecido que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa pode vir a entrar no capital da Caixa Económica, deixando a totalidade do capital social de ser propriedade na totalidade da Associação Mutualista. O provedor da Santa Casa, Santana Lopes, tem dito, contudo, que esta “só participará num processo estratégico, amplo, de todo o setor social”, que “não aparecerá sozinha, individualmente, em nada”.

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