“Costa está a desperdiçar crescimento para baixar a dívida”

Os números da Eurosondagem para o Expresso e para a SIC, publicados esta semana, mostram o PS com 40,8% das intenções de voto e o PSD em queda nos 28,1%.

No comentário semanal na SIC, Marques Mendes diz que, apesar de Tancos e Pedrógão, o PS está a subir nas sondagens porque as “as pessoas valorizam muito mais a economia, é natural que o PS não desça”.

O problema para o comentador “é que a oposição não esteve melhor, ou seja, não capitaliza as falhas dos adversários”, recordando que PSD e CDS, juntos, têm 35%, “o que não dá para ganhar as eleições”.

“Se [a oposição] não melhora nas sondagens no pior momento do Governo, então quando é que vai melhorar?”, questiona o comentador que, no entanto, também antecipa três dificuldades e desafios para o Governo na segunda metade do mantado.

1. Para Marques Mendes “a dívida pública não está a baixar. É um problema muito sério. António Costa está a desperdiçar o crescimento para uma revisão mais rápida da dívida pública. Até por causa das agências de rating” que, à exceção da DBRS, mantêm a notação do país em “lixo”.
2. O comentador também antecipa mais greves, além das anunciadas pelos enfermeiros e funcionários do SEF: “Se o Governo está mais frágil, os sindicatos aproveitam”.
3. Por fim, antecipa uma “guerra na coligação para saber se muda ou não muda a lei de trabalho”. A este propósito, o ministro Vieira da Silva deu algumas novidades este domingo, numa entrevista ao DN e à TSF, que pode ler aqui.