“Fúria e fogo” enervam Wall Street
Tensão entre Washington e Pyongyang atira bolsas norte-americanas para o vermelho. Donald Trump fala em "fúria e fogo" contra Coreia do Norte perante ameaças contra interesses dos EUA em Guam.
“Fogo e fúria”. As palavras de Donald Trump em relação à Coreia do Norte não foram muito bem recebidas nem por Pyongyang nem pelos investidores. Do lado norte-coreano, seguiu-se de imediato uma ameaça de ataque à ilha de Guam, no Pacífico, onde está uma base militar norte-americana. Para as bolsas, o aumento do risco geopolítico pesou no comportamento das ações. Wall Street seguiu as pisadas da Europa, embora com perdas mais contidas.
O índice de referência mundial S&P 500 perdeu 0,04%, acompanhado do industrial Dow Jones e do tecnológico Nasdaq, que cederam 0,34% e 0,28%, respetivamente. No caso do Dow Jones, o índice vinha numa série imparável de ganhos que terminou ontem por causa desta escalada de tensões entre Washington e Pyongyang.
“Os riscos geopolíticos foram um balde de água fria para os mercados”, referiu J. J. Kinahan, estratega da TD Ameritrade. “Há incerteza e cautela com os investidores nervosos e de olhos postos nas próximas movimentações de política externa”, acrescentou este responsável à agência Reuters.
A maior aversão ao risco traduziu-se num movimento de refúgio dos investidores em ativos considerados de abrigo em situações de incerteza. O ouro, por exemplo, valoriza mais de 1% para 1.275,48 dólares por onça.
Tweet from @realDonaldTrump
Através da sua conta de Twitter, Donald Trump avisou que a sua primeira ordem dada enquanto Presidente dos EUA foi a de renovar e modernizar o arsenal nuclear norte-americano. “Está agora mais forte e mais poderoso do que nunca”, escreveu Trump. No tweet seguinte, deixou a mensagem de que espera nunca vir a ser necessário recorrer a estas armas.
Tweet from @realDonaldTrump
"Os riscos geopolíticos foram um balde de água fria para os mercados. Há incerteza e cautela com os investidores nervosos e de olhos postos nas próximas movimentações de política externa.”
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