Coreia do Sul quer embargo de petróleo aos vizinhos do Norte

Restam poucas alternativas diplomáticas aos Estados Unidos para travarem as ambições nucleares da Coreia do Norte. A próxima cartada será a do reforço das sanções a Pyongyang num pacote de medidas sem precedentes. No entanto, a Coreia do Sul deverá começar a pressionar os norte-americanos para que avancem com aquela que se acredita que seja a pior sanção de todas: a interrupção do fornecimento internacional de petróleo ao regime de Kim Jong-Un.

A notícia é avançada esta terça-feira pelo Financial Times [acesso pago]. O jornal indica que vários especialistas garantem que um embargo no fornecimento da matéria-prima ao país lançaria a Coreia do Norte num autêntico caos humanitário e político. É a solução defendida pelos sul-coreanos, mas que deverá provocar algum desconforto à China, um dos países que tem servido de intermediário na relação atribulada entre os EUA e a Coreia do Norte.

Foi no domingo que o regime de Kim Jong-Un levou a cabo o seu sexto teste nuclear, detonando aquilo que disse ser uma bomba termonuclear nos túneis do campo de testes a norte do país. O teste surgiu na sequência de um outro teste balístico na semana anterior, com o lançamento de um míssil intercontinental que chegou a sobrevoar o Japão. Tais manobras militares estão a merecer forte condenação por parte da comunidade internacional e a dar origem a grande preocupação.

A escalada das tensões tem provocado constrangimentos nos mercados bolsistas. Esta segunda-feira, a pressão vendedora esteve bem patente nas negociações. Com o Presidente norte-americano Donald Trump a perder a paciência, os investidores temem o início de uma guerra nuclear. Esta segunda-feira, quando questionado por um jornalista sobre se atacaria a Coreia do Norte, Trump respondeu apenas: “Vamos ver.”