João Vasconcelos: “Estamos na primeira divisão” das startups

João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria, falou do evolução do impacto da Web Summit no ecossistema empreendedor português, que se coloca "na primeira divisão" do campeonato da Europa.

João Vasconcelos, ex-secretário de Estado da Indústria na Start Tech – Empreendedorismo e Tecnologia.Paula Nunes / ECO 22 Setembro, 2017

“A maneira como olham para Portugal” — é este o maior impacto da Web Summit no ecossistema português, diz João Vasconcelos. “Entramos na primeira divisão” ao lado de países como Inglaterra e Alemanha, afirma o ex-secretário de Estado da Indústria.

Portugal hoje é percecionado como uma potencia de startups“, disse João Vasconcelos esta sexta-feira, durante a conferência Start Tech. Mas ressalva que teve esse impacto porque “existia um ecossistema que que se preparou”. A partir do momento que Portugal recebeu a Web Summit, “já não precisamos de explicar nada” pois do ponto de vista dos empresários estrangeiros “é normal que haja ali [em Portugal] tecnologia”.

Segundo João Vasconcelos, já há pessoas a “agendar reuniões neste momento para o Web Summit”. Realça ainda um aspeto que acredita ter “passado ao lado” de muitos dos portugueses que participaram no ano passado: existiram “quase 300 eventos paralelos” à conferência, organizados por outras entidades, onde estiveram presentes os grandes investidores e portanto as grandes oportunidades.

Contudo, “há coisas que não mudam”, e o ex-secretário de estado da indústria destaca a “energia, resiliência e capacidade de fazer muita coisa com os poucos recursos” que vê nos empreendedores portugueses. Para colmatar as falhas no financiamento, considera o Programa Semente, da Startup Portugal “o mais ambicioso da Europa” ao introduzir a possibilidade de família e amigos investirem em startups e deduzir até 100.000 no IRS. Está neste momento a ser estudado por outros países.

Temos que começar a exigir aos nossos investidores

João Vasconcelos

Ex-secretário de Estado da Indústria

Acerca dos projetos que possam falhar, João Vasconcelos defende que “têm de ser rápidos e baratos” e relembra que em Silicon Valley, a meca do empreendedorismo, “nove em cada dez novas empresas morrem”. Reitera ainda que para além de exigir dos empreendedores, “temos que começar a exigir aos nossos investidores“, pois falta capital e “há vários casos em que a empresa falhou pelos investidores”.

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