ANAC faz exigências à Ryanair. Pode instaurar processo de contra-ordenação

  • ECO e Lusa
  • 7 Outubro 2017

O regulador da aviação civil exige à lowcost que retifique as informações que constam do site e que não cobre tarifas extra nos casos de prestação de assistência por reencaminhamento.

A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) impôs um conjunto de obrigações à Ryanair, depois de a companhia aérea lowcost ter cancelado vários voos. A notícia é avançada, este sábado, pelo Jornal de Negócios, que dá conta de que o regulador da aviação pode vir a instaurar um processo de contra-ordenação à Ryanair.

Para já, refere o mesmo jornal, a ANAC exige à Ryanair que retifique as informações que constam do site e que não cobre tarifas extra nos casos de prestação de assistência por reencaminhamento. A reguladora exige ainda que a companhia irlandesa preste esclarecimentos aos passageiros.

O prazo previsto para a Ryanair responder a estas exigências ainda está a decorrer. No fim desse prazo, se não tiver cumprido com as obrigações que lhe são impostas, poderá ser alvo de um processo de contra-ordenação.

A ANAC adianta ainda que recebeu várias centenas de contactos para pedidos de informação e reclamações. Ao todo, a Ryanair cancelou cerca de 1.900 voos em vários aeroportos europeus, afetando cerca de 325 mil passageiros. Em Portugal, estão em causa 374 voos e 63 mil passageiros.

Diretor de operações demite-se

Também este sábado, a companhia aérea lowcost anunciou a demissão do seu diretor de operações, Michael Hickey. É o primeiro alto responsável a abandonar a transportadora, depois da controvérsia com os erros cometidos na distribuição das férias dos pilotos, que originaram uma crise que atingiu milhares de passageiros.

O diretor de operações, que abandonará funções no final deste mês, era o principal responsável pela elaboração dos mapas de trabalho dos pilotos desde 2014.

O presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, assegurou num comunicado que Hickey, que entrou na empresa em 1988 como engenheiro, “deu uma enorme contribuição”, sobretudo na melhoria da “qualidade e segurança das funções operativas e de engenharia” da empresa.

“Será difícil substituí-lo e agradecemos-lhe que fique como assessor para facilitar a transição para o seu sucessor”, declarou O’Leary, a quem algumas vozes críticas da empresa também pediram responsabilidades.

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