Oi não convence credores individuais. Recuperação judicial sai dificultada

  • Lusa
  • 24 Outubro 2017

Os contactos com os credores individuais não permitiu à operadora brasileira chegar a um acordo que permita seguir com o plano de recuperação judicial.

A operadora de telecomunicações brasileira Oi não chegou a acordo com os detentores individuais de títulos (notes) da empresa sobre as propostas que permitiam viabilizar o plano de recuperação judicial, informou a empresa num comunicado ao mercado.

A empresa destacou que no dia 19 de outubro de 2017 reuniu-se com consultores jurídicos e financeiros dos credores individuais, pessoalmente ou por telefone, para discutir os termos de uma potencial operação.

Embora as negociações entre a companhia e cada titular de notes possam continuar no futuro, não há como garantir que negociações continuarão ou, caso continuem, que as mesmas resultarão em um acordo com relação aos termos da Potencial Operação.

Oi Brasil

“Não foram alcançados acordos com os titulares de Notes [títulos] com relação aos termos da potencial operação. Embora as negociações entre a companhia e cada titular de notes possam continuar no futuro, não há como garantir que negociações continuarão ou, caso continuem, que as mesmas resultarão em um acordo com relação aos termos da Potencial Operação”, destacou a empresa em comunicado divulgado hoje pela Pharol na Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O documento, que detalhou as negociações com estes credores, contém informações sobre acordos de confidencialidade, negociações sobre a estrutura de capital da operadora e alternativas para uma proposta de restruturação e injeção de capital, através de aumento de capital.

Na última segunda-feira, a Oi também informou o mercado que remarcou a assembleia-geral de credores para o dia 10 de novembro. Manteve-se a data de 27 de novembro para a realização de uma segunda convocação da assembleia-geral.

A situação da Oi, na qual a portuguesa Pharol é acionista de referência com 27% do capital, agravou-se em junho do ano passado quando a empresa não conseguiu negociar as suas dívidas, que na época somavam 65 mil milhões de reais (17,3 mil milhões de euros), e teve que iniciar um processo de recuperação judicial.

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