Juros portugueses em novos mínimos de dois anos e meio

A taxa a dez anos portuguesa caiu abaixo dos 2,13% pela primeira vez desde o início de maio. Nos restantes países periféricos, o movimento também é de alívio.

Assiste-se a mais uma sessão de alívio das yields da dívida soberana no mercado secundário. A taxa de juro de referência a dez anos nacional recua para um novo mínimo de praticamente dois anos e meio. Mas a queda é transversal à maioria das maturidades da dívida nacional, bem como aos restantes mercados periféricos.

A yield da dívida portuguesa a dez anos quebrou pela primeira vez desde 4 de maio de 2015 a fasquia dos 2,13%. A taxa de juro nesse prazo segue a recuar 6,5 pontos base, para os 2,129%. Trata-se da quarta sessão consecutivo das yields soberanas nacionais, que continuam a denotar a melhoria da perspetiva dos investidores face a Portugal, mas também o estender do programa de compra de dívida do BCE.

Juro a dez anos em queda

Fonte: Bloomberg (valores em %)

A dívida soberana nacional acompanha o movimento de alívio que se assiste nos restantes países periféricos. Em Espanha, a taxa de juro na mesma maturidade alivia 6,3 pontos base, para os 1,523%, depois do agravamento registado na passada sexta-feira no seguimento da declaração de independência da Catalunha.

Por sua vez, a taxa a dez anos da dívida soberana italiana recua 5,5 pontos base, para os 1,895%. A descida dos juros soberanos italianos acontece depois de Itália ter recebido da Standard & Poor’s, na passada sexta-feira, a primeira subida de rating em pelo menos três décadas. A agência de notação financeira elevou de BBB- para BBB, o rating da dívida italiana, referindo o forte outlook de crescimento, o crescente investimento, a sustentada subida do emprego e as melhorias do setor financeiro.

A quebra dos juros da dívida soberana acontece ainda depois de o BCE ter decidido na passada quinta-feira cortar para metade — dos 60 mil milhões para 30 mil milhões de euros — o seu programa de compra de dívida pública, mas ao mesmo tempo o ter prolongado pelo menos até setembro de 2018.

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