Investimento chinês no estrangeiro afunda 40%
Pequim está a proibir investimentos irracionais em setores como o desporto e o entretenimento. Com isto, há menos capital a sair do país para investir fora de portas.
O investimento da China no estrangeiro está a afundar desde o início do ano, depois de Pequim ter imposto limitações às empresas do país em relação a negócios no desporto ou no entretenimento fora de portas.
Entre janeiro e outubro, o investimento estrangeiro não financeiro caiu para os 86,3 mil milhões de dólares, menos 41% face ao mesmo período do ano passado, revelou o Ministério do Comércio esta quinta-feira.
Na atualização mensal destes dados, o ministério nota que não houve novos investimentos no imobiliário, desporto e entretenimento. Por outro lado, serviços de leasing, indústria têxtil, retalho e tecnologia foram as áreas em que se registaram mais investimentos.
“A combinação de fatores como o controlo de capitais mais apertado na China e uma redução da atividade de M&A afetou o investimento chinês fora do país”, explicou Tom Orlik, economista chefe da Bloomberg Economics para a região da Ásia.
Os reguladores chineses emitiram este ano, no entanto, um raro comunicado conjunto, no qual advertiram para investimentos “irracionais” além-fronteiras, nos setores imobiliário, entretenimento e desporto, nos quais abundam “riscos e perigos ocultos”.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Investimento chinês no estrangeiro afunda 40%
{{ noCommentsLabel }}