Procura vai continuar muito superior à oferta na habitação em 2018, prevê consultora
Os preços em 2018 vão continuar a subir e a “registar acréscimos superiores aos de 2017”, antecipa a consultora CBRE.
A procura de habitação continuará a ser muito superior à oferta, o que impulsiona a subida de preços em 2018, prevê a consultora CBRE, no seu relatório sobre tendência do imobiliário apresentado esta quinta-feira.
“O crescimento da procura de habitação deverá continuar a evidenciar-se ao longo de 2018 com o mercado nacional a ganhar um maior peso relativamente ao mercado estrangeiro. No entanto, a procura irá continuar muito superior à oferta e a impulsionar a subida dos preços”, lê-se no documento citado pela Lusa, que recorda que em 2017 foram transacionadas quase 150 mil unidades, o que se aproximou de valores de 2008.
Em 2017, os preços aumentaram na ordem dos 9%, com maior evolução no produto usado (10%) do que no novo (5,5%).
“O atual desajustamento entre oferta e procura não se verifica ao nível do número de unidades, mas também em termos de localização, tipologias e preços”, lê-se no relatório, que recorda que T1 e T2 em Lisboa estão a custar, em média, seis mil euros/metro2, “um valor muito desajustado ao poder de compra dos portugueses”.
Os preços em 2018 vão continuar a subir e a “registar acréscimos superiores aos de 2017”, antecipa a consultora.
A CBRE antevê que o financiamento bancário continue a subir depois de o volume de empréstimos para compra de casa ter aumentado cerca de 45% em 2017, mas ainda a menos de metade do registado em 2007.
Investimento em imobiliário comercial deve atingir novo recorde
O investimento em imobiliário comercial deverá atingir um novo recorde em 2018 em Portugal de 2,6 mil milhões de euros, antecipou ainda a consultora CBRE.
A esperada permanência de uma “elevada liquidez a nível global” e o crescimento exponencial do Turismo, com reflexos na hotelaria, leva a CBRE a prever que se atinja os 2,6 mil milhões de euros em investimento em imobiliário comercial.
No documento, a consultora recorda ter sido batido no ano passado o recorde de 2015, com um registo de investimento de 2,2 mil milhões de euros e que está a aumentar a quota dos nacionais (22% do total), assim como dos europeus (45% sem portugueses). Em 2018 os investidores nacionais devem representar entre 15 a 20% do total.
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