União Europeia não analisou propostas de investimento para o Popular

A União Europeia afirma que nenhuma das propostas de investimento por parte do Barclays e do Deutsche Bank para salvar o banco Popular eram suficientes.

Em junho do ano passado, o Barclays e o Deutsche Bank anunciavam a intenção de avançar com um investimento individual de até dois mil milhões de euros, numa tentativa de aumentar o capital do Popular e salvar o banco do colapso. No entanto, tal não aconteceu. A União Europeia (UE) vem dizer agora que nenhuma dessas hipóteses era suficiente para evitar a queda do banco, não esclarecendo se tinha, ou não, conhecimento das mesmas na altura.

“Em relação aos rumores recentes sobre um aumento de capital potencial garantido pelo Deutsche Bank e pelo Barclays, o CUR gostaria de notar que não havia indicação no momento da resolução de que qualquer medida do setor privado poderia ter impedido a queda de Banco Popular dentro dos prazos disponíveis“, pode ler-se no comunicado enviado pelo Conselho Único de Resolução (CUR), e citado pelo Expansión (conteúdo em espanhol). No entanto, no comunicado, não é referido se as autoridades europeias tinham, ou não, conhecimento dessas duas ofertas.

Conforme consta no relatório do CUR, este continua a defender que a decisão de inviabilizar o banco Popular por parte do Banco Central Europeu (BCE) foi baseada no interesse público, acabando por prejudicar empresas e cidadãos, e também a economia espanhola. “O banco Popular pôde continuar a operar em condições comerciais normais“, defende a autoridade europeia.

Em dezembro do ano passado, o banco Popular foi integrado no Santander Totta, depois de terem “sido obtidas as autorizações necessárias”, nomeadamente do Banco de Portugal e do Banco Central Europeu. Esta integração aconteceu depois de o Grupo Santander ter comprado o Popular por um euro, no âmbito de uma medida de resolução, em junho de 2016. No processo de compra estava ainda incluído um aumento de de capital de sete mil milhões de euros por parte do Santander, um reforço necessário para cobrir o capital e as provisões necessárias para fortalecer o Popular.

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