Preços desaceleram no início do ano. Inflação de janeiro em 1%

A inflação de janeiro ficou nos 1%, anunciou o Instituto Nacional de Estatística esta segunda-feira.

Os preços subiram 1% no primeiro mês do ano. O número representa uma desaceleração face ao total de 2017, mas também em cadeia, ou seja, em relação a dezembro. Além disso, a inflação de 1% em janeiro representa uma revisão em baixa face à estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Taxa de variação homóloga dos preços de fevereiro de 2017 a janeiro de 2018

Fonte: Instituto Nacional de Estatística.

“A variação homóloga do Índice de Preços no Consumidor (IPC) foi 1,0% em janeiro de 2018, taxa inferior em 0,5 pontos percentuais à do mês anterior”, revelou esta segunda-feira o INE. A inflação subjacente — que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, que são mais sensíveis a “choques” — ficou pelos 0,9%. Também na zona euro a inflação desacelerou de 1,4% em dezembro para 1,3% em janeiro, segundo o Eurostat.

O INE destaca a subida de preços nas comunicações, nas bebidas alcoólicas e no tabaco. O aumento dos preços nos transportes foi o que deu um maior contributo positivo para o aumento da inflação em janeiro.

Por outro lado, os preços diminuíram acentuadamente no vestuário e calçado (-4,7%, em comparação homóloga) — é de referir que este é um mês de saldos –, e desaceleraram de forma significativa nos produtos alimentares e bebidas não alcoólicas.

Na estimativa rápida — divulgada pela primeira vez a 31 de janeiro — o INE tinha avançado que os preços subiram 1,1% no primeiro mês do ano. Os números divulgados na estimativa rápida mostraram não só uma desaceleração face ao total do ano passado (1,4%), mas também face ao mês anterior. Em dezembro, a variação homóloga da inflação tinha atingido os 1,6%.

Preços caem 1% de dezembro para janeiro

A desaceleração é ainda mais visível quando se analisam os dados relativos à variação mensal que foi negativa (-1%). A inflação subjacente caiu 1,6% nesta comparação mensal. Tal deve-se essencialmente ao contributo negativo do vestuário e do calçado (-17,4%).

Tal deve-se à diferença de preços que ocorre entre o período de Natal e a época de saldos. “Em relação às contribuições negativas, destacam-se as dos sub-subgrupos relacionados com o vestuário e calçado, em consequência do período de saldos habitualmente verificado em janeiro, e dos hotéis, motéis, pousadas e serviços de alojamento similares”, explica o INE.

Por outro lado, a classe com maior contributo positivo para a taxa de variação mensal foi a da habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis com uma variação mensal de 1,1%.

(Notícia atualizada pela última vez às 11h41 com gráfico)

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