Wall Street em alta ligeira com incerteza na guerra comercial
Os investidores começam a acreditar que o anúncio de imposição de taxas sobre produtos importados foi apenas uma forma de conseguir vantagem nas negociações de um novo acordo comercial.
As bolsas norte-americanas fecharam a sessão desta terça-feira em alta ligeira, numa altura em que os investidores aguardam por mais certezas relativamente à guerra comercial lançada por Donald Trump. O presidente norte-americano quer impor taxas agravadas sobre produtos importados, mas a medida merece a oposição de republicanos chave, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes.
O índice de referência S&P 500 fechou a subir 0,26%, para os 2.728,15 pontos. Já o industrial Dow Jones fechou na linha de água, a avançar 0,04%, para os 24.884,05 pontos, e o tecnológico Nasdaq valorizou 0,56%, para os 7.732,01 pontos.
A guerra comercial continua a ser o grande foco dos investidores, ainda que o dia também tenha sido marcado pela abertura da Coreia do Norte para iniciar um plano de desnuclearização. Donald Trump anunciou na semana passada que pretende impor taxas sobre alumínio e aço importados, mas já tem imposição dentro do próprio Partido Republicano.
Paul Ryan, presidente da Câmara dos Representantes, disse que o partido está “extremamente preocupado com as consequências de uma guerra comercial” e apela à Casa Branca que não avance com esse plano. “A reforma fiscal deu um impulso à economia e não queremos colocar esses progressos em risco”, disse o republicano.
Assim, os investidores “começam a desconfiar que a taxa anunciada por Trump poder ser apenas uma forma de conseguir vantagem nas negociações do NAFTA [acordo de comércio livre que envolve o Canadá, México e Estados Unidos], pelo que a ameaça poderá não ser tão má como alguns temem”, comenta um analista citado pelo MarketWatch.
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