Portugal foi o país europeu que mais agravou as disparidades salariais nos últimos cinco anos

De acordo com os dados da Eurostat, na União Europeia, as mulheres receberam salários 16% inferiores aos dos homens em 2016. Em Portugal a diferença foi de 17,5%.

As discrepâncias salariais continuam. De acordo com os dados do Eurostat, na União Europeia, as mulheres receberam salários 16,2% inferiores aos dos homens em 2016. Mas em Portugal, nesse período, a diferença foi de 17,5% — a sétima maior da UE. Além disso, foi em Portugal que, entre 2011 e 2016, essa discrepância mais se agravou (4,6 pontos percentuais).

No ano de 2016, as mulheres continuaram em níveis salariais inferiores aos homens, revelam os dados do Eurostat (conteúdo em inglês). Na Estónia, República Checa e Alemanha foram os países onde as trabalhadoras mais sofreram com estas desigualdades — ordenados 20% inferiores aos dos homens. Na média da União Europeia, essas diferenças fixaram-se em 16,2%, com Malta a registar o valor mais baixo de todos os estados-membros (11%). Quanto a nós, portugueses, ficamos acima da média da UE, com uma discrepância de 17,5%, com Portugal a fixar-se em sétimo nos países com o valor mais elevado.

No entanto, nos dados publicados esta quarta-feira, há um valor que se destaca: entre 2011 e 2016, as disparidades salariais aumentaram mais em território nacional — um crescimento de 4,6%. Na maioria dos países da União Europeia, as discrepâncias salariais diminuíram, escreve o Eurostat, cabendo à Roménia (-4,4%) e à Hungria (-4%) as descidas mais acentuadas.

Mas as diferenças não se ficam pelos salários. Numa outra estatística, o Eurostat revela que há muito mais mulheres a trabalhar nas áreas como cuidados pessoais, limpeza e ensino. Por sua vez, os homens lideram na construção, na condução e na metalurgia. Nas três principais profissões da União Europeia, lideram as trabalhadoras — cuidados pessoais, limpezas e rececionistas.

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