Eduardo Catroga vai trabalhar para a China Three Gorges

Eduardo Catroga não pode renovar o seu mandato enquanto presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP. Vai assumir cargo internacional na China Three Gorges.

Eduardo Catroga vai deixar a presidência do Conselho Geral e de Supervisão da EDP em abril para se dedicar à gestão da parte internacional da China Three Gorges de quem é hoje representante na maior elétrica nacional, apurou o ECO.

“Catroga vai ter um cargo internacional ligado ao maior acionista da EDP, a China Three Gorges”, disse ao ECO fonte conhecedora do processo. O chairman da EDP vai “gerir a participação dos chineses da China Three Gorges na Europa”, acrescentou outra fonte. O ECO contactou o antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva que classificou de “especulações” todas as informações relativas à sua vida futura. “Ele não quer que se saiba antes da Assembleia geral da EDP“, agendada para 5 de abril, que tem como ponto nove da agenda de trabalhos a eleição dos órgãos sociais do grupo, para o triénio de 2018 a 2020, explicou uma da fontes ouvidas pelo ECO.

É a lei que determina que Eduardo Catroga não pode renovar o seu mandato enquanto presidente do Conselho Geral e de Supervisão da EDP, como representante do maior acionista da elétrica, a China Three Gorges. Luís Amado é o nome proposto para ocupar o cargo que hoje é do antigo conselheiro de Pedro Passos Coelho. A alteração legislativa resulta de uma transposição “ainda mais restritiva do que a Alemanha”, lamenta Eduardo Catroga.

O gestor, já tinha dito ao ECO: “Há mais do que um candidato a ter os meus serviços. São funções que ultrapassam Portugal. No dia 5 de abril irei tomar uma opção”, depois de confrontado com a informação avançada por Luís Marques Mendes no seu espaço de comentário semanal na SIC de que o responsável ia assumir um cargo internacional num grande grupo económico. Eduardo Catroga reiterou agora: “A partir de 6 de abril vou ver, em função das propostas”. E lembrou que tem “tido várias alternativas de projetos nacionais e internacionais”, nomeando a sua posição enquanto chairman da holding que controla o Banco Finantia, a relação histórica com o grupo Cuf o ainda as funções que desempenha junto do Portugal Venture Capital Initiative do Banco Europeu de investimento. “No fundo é substituir a minha atividade principal enquanto chairman da EDP por outra atividade principal”, acrescentou Eduardo Catroga. “Até lá é especulação”, garante.

Eduardo Catroga explicou, ao ECO, que desempenhou quatro mandatos na EDP — dois como vogal e dois como presidente — sendo o último na qualidade de independente no conselho da elétrica, situação que não poderia continuar por mais um mandato. Catroga permaneceu no cargo de presidente do conselho geral e da supervisão da EDP depois de 2015 porque os acionistas assim o quiseram, mas com a nova lei já não pode continuar no cargo, embora segundo apurou o ECO, a China Three Gorges até poderá manter o antigo chairman neste órgão, mas não enquanto presidente.

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