Rui Rio: “Partidos devem entender-se para um conjunto alargado de reformas”

O presidente do PSD defendeu esta tarde, no congresso da CIP, acordos de regime em áreas como a Segurança Social, desenvolvimento do interior, natalidade e sistema educativo.

O líder do PSD defendeu esta tarde, em Santa Maria da Feira, acordos de regime entre os maiores partidos políticos. Numa conferência intitulada “Portugal para lá do curto prazo”, inserida no congresso da CIP, Rio defendeu que “está disponível para colocar os interesses do país à frente dos interesses partidários”.

Para Rio é fundamental que todos, ou pelo menos a maioria alargada, tenham vontade para “acordos parlamentares em áreas como a Segurança Social, desenvolvimento do interior, natalidade e o sistema educativo”. O líder da oposição refere que “o país tem que estar disposto para acordos estruturais” para que “não hajam estrangulamentos”.

Rio que começou por dizer que gosta de pensar a médio e longo prazo, recordou que temos hoje “um problema de desgaste e de fraca credibilidade das instituições”, e isso, sublinha, “não é sustentável para o sistema político, que está descredibilizado e enfraquecido”. Problemas que o líder da oposição assegura que se estendem ao sistema de justiça.

“Os partidos devem entender-se para um conjunto alargado de reformas. Se conseguirmos fazer isto no quadro do sistema politico e de justiça podemos aspirar a ter um contrato de confiança com o regime”, defende Rio.

Aliás, Rio refere que “o enfraquecimento do poder político mais não é que termos menos democracia“. E acrescentou: “Num regime democrático temos que respeitar as minorias, mas estas não se podem sobrepor às maiorias”.

Faltam reformas estruturais

Rio defendeu ainda que Portugal não está a aproveitar o crescimento económico para fazer as reformas estruturais. A exemplo do que defendera ontem Daniel Bessa, numa conferência da Caixa Geral de Depósitos, o líder do PSD defendeu que Portugal está a crescer por arrasto da economia europeia e “terminada esta conjuntura Portugal não se conseguiu preparar”.

E adianta: “estes indicadores, que estão melhores, são filhos da conjuntura e não de uma política estruturada“. Para Rio, a economia “temos que conseguir um crescimento económico puxado pelas exportações e pelo investimento”. Matérias que sublinha são da competência das empresas, mas onde “os governos têm aqui um papel fundamental, nomeadamente ao nível da estabilidade política e da coerência das políticas seguidas”.

“O Governo tem que interferir nas políticas públicas em áreas como a desburocratização, funcionamento do sistema judicial, qualidade de mão-de-obra, preço do crédito, entre outras”, diz. “É sobre estes elementos que as políticas públicas têm que agir para que as empresas possam cumprir os objetivos em termos de exportações e do investimento”, rematou Rio.

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