Centeno: Carga fiscal está afetada por “efeito temporário”

PSD e CDS criticam aumento da carga fiscal. Ministro das Finanças diz que há efeito transitório que fez subir o indicador. Portugueses pagam menos impostos, garante Centeno.

O ministro das Finanças recusou esta terça-feira que os portugueses estejam a pagar mais impostos, apesar do aumento da carga fiscal registado no ano passado. Mário Centeno explica que há um “efeito temporário” que afeta a carga fiscal e que não deve ser considerado.

A subida da carga fiscal tem sido a principal crítica do PSD e CDS no debate sobre o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas, que decorre esta manhã no Parlamento. Em 2017, Portugal atingiu a carga fiscal mais elevada dos últimos 22 anos, quando o Executivo até previa que este indicador diminuísse. De acordo com o Conselho das Finanças Públicas “a carga fiscal aumentou 0,4 pontos percentuais do PIB, atingindo 34,5% do PIB, o valor mais elevado desde 1995”.

Fonte: Conselho das Finanças Públicas

A deputada do PSD Inês Domingos lembrou que o ministro já esteve no mesmo sítio a “prometer” uma redução da carga fiscal e perguntou ao governante “para que serve afinal o recorde da carga fiscal”.

Também a deputada centrista Cecília Meireles questionou Mário Centeno sobre quando vai “descer a sobretaxa” que aplica sobre os combustíveis. O CDS propôs a “eliminação imediata da taxa extraordinária de imposto sobre os combustíveis”, porque considera que esta “asfixia muito as famílias e a própria economia”.

Na resposta, o ministro das Finanças explicou que há uma “receita extraordinária de 230 milhões de euros que não é repetível e que não deve ser considerada na análise da carga fiscal”. Centeno referia-se ao aumento do emprego registado no ano passado e que gerou mais contribuições para a Segurança Social.

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