Fed mantém juros. Diz que objetivo para a inflação está próximo

Não houve surpresas. A Reserva Federal norte-americana (Fed) terminou a reunião de política monetária nesta quarta-feira e decidiu não mexer na taxa de juro de referência. A entidade liderada por Jerome Powell mostrou-se, contudo, confiante de que o recente aumento da inflação para nível próximo da meta de 2% será sustentado, requisito que suportará futuras subidas do preço do dinheiro nos EUA.

Numa declaração que se seguiu ao fim da reunião de dois dias dos responsáveis da Fed, a entidade disse que a inflação “moveu-se próximo” do objetivo e que “numa base de 12 meses é esperado que se mova para próximo do objetivo de 2% do comité no médio prazo”.

A decisão da entidade liderada por Jerome Powell de deixar inalterada a taxa de juro no intervalo entre 1,5% e 1,75% foi unânime. A última subida dos juros na maior economia do mundo foi em março deste ano.

A confiança da Fed nas perspetivas económicas foi destacada ainda pela sua afirmação de que o investimento fixo em negócios continua a crescer fortemente. Disse ainda que os riscos associados às suas perspetivas estão mais ou menos equilibrados, sendo assim removida a referência anterior a “riscos de curto prazo”.

A entidade liderada por Powell sustentou ainda que o banco central norte-americano irá procurar uma abordagem de médio prazo para a política monetária, continuando a subir as taxas de juro de forma gradual em sintonia com uma economia robusta. Os responsáveis da Fed antecipam duas novas subidas dos juros ainda este ano.