Boris Johnson confirma no Twitter: Angola quer juntar-se à Commonwealth

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros confirmou, esta quarta-feira, que Angola vai pedir adesão à Commonwealth.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico confirmou, esta quarta-feira, que Angola vai mesmo pedir adesão à Commonwealth, avança o Público. No Twitter, Boris Johnson escreveu: “Esplêndido que Angola queira juntar-se à família da Commonwealth”.

O pedido de adesão não é totalmente surpreendente. O presidente Angolano já tinha mesmo deixado sinais nesse sentido. “A exemplo do que se passa com Moçambique, que está ali encravado entre países anglófonos (…) e acabou por aderir à Commonwealth, também Angola está cercada, não por países lusófonos, mas por países francófonos e anglófonos. Portanto, não se admirem que estejamos a pedir agora a adesão à francofonia e que daqui a uns dias estejamos a pedir também a adesão à Commonwealth“, disse João Lourenço, citado pela TSF, durante uma viagem a Paris, há uns dias.

Além de querer juntar-se à comunidade de países anglófonos, João Lourenço tem defendido também a adesão à Organização Internacional da Francofonia, interesse que já apoiado pelo próprio Emmanuel Macron.

Na mensagem desta quarta-feira, o chefe da diplomacia britânica deixou ainda elogios à luta angolana contra a corrupção e pela defesa dos direitos humanos.

Em que pé fica a lusofonia? No mesmo, responde Martim da Cruz.MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Lusofonia não é prioridade?

Depois de, nos últimos dias, Luanda ter assim revelado o seu desejo de se juntar aos grandes clubes francês e britânico, onde fica a lusofonia? “Esta decisão não é menosprezo pela CPLP ou por Portugal”, defende Martim da Cruz, ao ECO.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros explica que esta decisão se insere “numa articulação com os países vizinhos”, mas também de alargar as perspetivas de política externa“, o que “é positivo [e] fica bem a uma potência regional”.

Martins da Cruz recorda ainda que Moçambique faz parte da Commonweath há mais de 20 anos e que Cabo Verde e a Guiné fazem parte Organização Internacional da Francofonia “e isso não é nada e extraordinário“. Além disso, Timor também está a pedir para aderir à ASEAN, tudo numa lógica de boa vizinhança e de integração regional.

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