Fundos elegem um administrador para a gestão da EDP Renováveis. Manso Neto reeleito com 98% dos votos

Manso Neto vai manter-se à frente da EDP Renováveis. Foi reeleito pelos acionistas em assembleia geral que encolheu a administração para 15 membros. Um deles é o representante dos fundos.

Manso Neto vai manter-se à frente da EDP Renováveis. Foi reeleito com larga maioria dos votos dos acionistas que estiveram presentes numa assembleia geral que encolheu a administração para 15 membros. Um deles é o representante dos fundos que se manifestaram, no passado, contra o valor oferecido por António Mexia na OPA lançada pela EDP.

Numa assembleia geral em que estiveram acionistas representantes de 93,87% do capital da empresa de energias renováveis, todos os nomes propostos para as nova administração da empresa foram eleitos com mais de 90% dos votos. Manso Neto conseguiu uma aprovação de 98%, apurou o ECO.

O conselho de administração vai passar a ter menos administradores, encolhendo de 17 para 15 membros, sendo que três são mulheres, o que permite à empresa cumprir com os critérios de quota de género. Entre os 15, há, contudo, um nome que se destaca: Alejandro Fernández de Araoz Gómez-Acebo.

Gómez-Acebo é o administrador proposto por um conjunto de fundos de investimento que têm praticamente 6% do capital da EDP Renováveis, empresa que num curto espaço de tempo foi alvo de duas ofertas públicas de aquisição (OPA). Primeiro por parte da EDP, agora por parte da China Three Gorges.

A Axxion, a Moneta Asset Management e a Massachusetts Financial Services (MFS), três fundos de investimento internacionais, tinham pedido para passarem a estar representados na administração da empresa. Mais tarde, o fundo alemão Shareholder Value Management juntou-se, prosseguindo o mesmo objetivo que agora foi alcançado.

A MFS foi uma das vozes que se fez ouvir na OPA da EDP sobre a EDP Renováveis, em que António Mexia oferecia uma contrapartida de 6,75 euros por cada ação. Diziam que os títulos deveriam valer mais do dobro. E que considerando apenas os fluxos de caixa, a EDP Renováveis valia pelo menos 35% mais do que a contrapartida que a EDP oferecia nessa OPA.

A elétrica liderada por António Mexia acabou por comprar apenas 5%, sendo que agora está em marcha uma OPA por parte da China Three Gorges, no seguimento da oferta lançada sobre a casa-mãe, a EDP. Nesta operação, os chineses oferecem 7,33 euros por título, sendo que em bolsa cada ação vale muito mais. Estão a cotar nos 8,815 euros, tendo chegado ao recorde de 8,89 euros perante o interesse de outras elétricas europeias.

(Notícia atualizada às 13h41 com mais informação)

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