Casa Branca faz Trump cair 11 lugares no ranking dos mais ricos dos EUA. Fortuna vale 3,1 mil milhões
Presidente norte-americano ocupa o 259.º lugar na lista dos mais ricos dos Estados Unidos mas desceu 11 lugares face a 2017. Ida para a Casa Branca prejudicou fortuna do magnata.
A fortuna do magnata do imobiliário e atual Presidente norte-americano, Donald Trump, manteve-se quase inalterada entre 2017 e 2018, em 3,1 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros), segundo a lista hoje publicada na revista Forbes.
O chefe de Estado detém agora a 259.ª fortuna dos Estados Unidos e desceu 11 lugares em relação a 2017 (em que ocupava a 248.ª posição), levando a Forbes a concluir que a sua ida para a Casa Branca está a prejudicar o seu património. Apesar de o valor dos seus ativos ser equivalente ao do ano passado, registou uma queda de um terço em relação a 2015 (4,5 mil milhões de dólares).
De acordo com a Forbes, esta contração é o resultado das despesas da campanha de Donald Trump pagas com fundos pessoais e da desaceleração do mercado imobiliário em Nova Iorque, em particular no segmento de topo.
O antigo empresário construiu grande parte da fortuna graças à promoção imobiliária, iniciando a construção em Manhattan de muitas torres, todas ostentando o seu nome, embora seja proprietário de apenas algumas delas.
Quanto ao efeito da Presidência sobre o seu património, a revista norte-americana tende a mostrar que este é sobretudo negativo: o tom da sua campanha e as suas posições radicais em algumas matérias, como a imigração, afastaram parceiros comerciais e potenciais compradores de bens imobiliários nos quais Trump tinha participação.
Em contrapartida, alguns dos bens que o magnata detém a título individual, como o seu apartamento na Trump Tower, o avião pessoal e a propriedade de Mar-a-Lago, na Florida, valorizaram, porque estão agora associados ao prestígio da Presidência dos Estados Unidos, refere a Forbes.
Antes de tomar posse, Donald Trump colocou os seus interesses económicos num fundo cuja gestão confiou a dois dos filhos, Eric e Donald Junior, bem como a um dos seus homens de confiança, Allen Weisselberg.
E recusou desfazer-se das participações que tem em muitas empresas, abrangidas pelo grupo Trump Organization, embora muitas pessoas lho tenham aconselhado, entre as quais o diretor do Gabinete para a Ética Governamental, Walter Shaub.
A Forbes calculou que se Trump tivesse optado por ceder as suas participações e mandatar o seu fundo para investir em ações sem envolvimento seu, para evitar conflitos de interesse, a sua fortuna teria agora aumentado 500 milhões de dólares.
Em resposta a um artigo do diário The New York Times, segundo o qual Trump recebeu dos pais uma herança de mais de 400 milhões de dólares, em parte graças a evasão fiscal, o Presidente norte-americano chamou ao jornal “O Fracassado New York Times”, que “nunca recuperou do seu prognóstico errado sobre as eleições [presidenciais de 2016]”, retomando um argumento frequentemente utilizado.
“Eles usaram o conceito de ‘tempo é dinheiro’ e fizeram um artigo para me atacar com informação muito velha, chata e já publicada sobre mim”, escreveu hoje na rede social Twitter, um dia após a publicação da investigação que danifica a imagem do magnata do imobiliário que partiu do nada ou quase.
“No total, isso significa que 97% das histórias deles sobre mim são negativas”, acrescentou Trump, que sempre se recusou a divulgar as suas declarações de impostos durante a campanha presidencial, quebrando uma tradição solidamente instalada há décadas.
Citando declarações de impostos e documentos financeiros confidenciais, o diário nova-iorquino afirma que, desde muito jovem, o magnata do imobiliário beneficiou, como os seus quatro irmãos e irmãs, de receitas provenientes do império imobiliário do pai, Fred.
O montante total de tais rendimentos equivaleria atualmente a cerca de 413 milhões de dólares, segundo o New York Times, que sustenta que uma parte desse dinheiro foi obtido graças a evasão fiscal: o Presidente e os irmãos e irmãs criaram uma empresa fantasma com o único objetivo de dissimular o dinheiro dado pelos pais.
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